Política

há 1 mês

Grupo expõe violência, machismo e invasão a congresso do PT em Campo Grande (vídeos)

Um dos mais agressivos seria assessor da deputada federal Camila Jara

03/11/2025 às 19:20 | Atualizado 03/11/2025 às 19:31 Thiago de Souza
Confusão marcou eleição do PT - Repórter Top

Liderança petista que presenciou confusão ocorrida durante o Congresso da Juventude do PT, em Campo Grande, na tarde deste domingo (2), expôs situações graves no evento. Ele denunciou tentativa de agressão e misoginia contra participantes.

Conforme o denunciante, o encontro de jovens era para aclamação do secretário municipal da Juventude do PT. Ele cita que havia acordo prévio entre dois postulantes, sendo um deles Paulo Phelipe, que é assessor da vereadora Luiza Ribeiro. Este foi tido como inapto para o pleito e, apesar de ter uma liminar para a disputa, indicou a jovem Ladi Souza para o cargo.

Ainda segundo o denunciante, que preferiu não se identificar, o evento era apenas para jovens, mas foi tomado por adultos de uma tendência diversa. 

''Eles tinham de 40 a 60 anos. Não podiam participar'', lamentou a fonte. Esse grupo, segue o denunciante, não deixava os jovens se pronunciarem e desrespeitou as mulheres, citando o assessor de Jara, Carlos Justino, como um dos que usou de agressividade contra a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Fundação UFMS e IFMS, Adriane Lucelli Maier. 

''Aí ele [Carlos Justino] foi pra cima da presidente e começaram avançar nas mulheres. Aí a presidente os expulsou do evento. As mulheres expulsaram os agressores do evento'', relembrou. 

Eleição 

Após a confusão, Ladi Souza foi eleita secretária da Juventude do PT de MS. Na reportagem anterior, um outro membro do partido disse que a confusão se deu porque candidatos ao cargo de secretário da Juventude também faziam parte da comissão eleitoral e isso tornava o pleito parcial. 

O que diz Carlos Justino

Carlos Justino destacou que, de acordo com o regimento do Congresso, embora tenha 30 anos e participe do evento como convidado, ele tem direito ao uso da palavra, mas não ao voto. Ele ressaltou ainda que percebeu a presença, durante a eleição, de pessoas que eram, ao mesmo tempo, candidatas e integrantes da comissão organizadora do pleito. “Em uma democracia, isso não existe. Em qualquer processo eleitoral, quem é candidato não pode fazer parte da organização da eleição”, afirmou.

Justino negou ter sido agressivo com qualquer participante e afirmou que, na verdade, foi alvo de revolta por parte de outras pessoas, sendo posteriormente expulso do evento. Ele adiantou ainda que pretende entrar com um recurso e, caso este não seja acatado, a eleição poderá ser judicializada.

O espaço está aberto para manifestação dos citados. 

 

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