A insegurança tomou conta do Jardim Inápolis, bairro da região do Imbirussu, em Campo Grande. Janaína, moradora de 37 anos e padeira no bairro, denunciou que os furtos e arrombamentos a residências têm se tornado rotina. Segundo ela, não há mais hora nem dia em que os criminosos deixem o bairro em paz.

“Todo dia acontece alguma coisa. Roubam casa, bicicleta, televisão, máquina, som… É o tempo todo. A gente trabalha, luta pra conquistar as coisas, e vem vagabundo roubar. Não é fácil”, desabafa a moradora.

Ela conta que os crimes acontecem a qualquer hora do dia — manhã, tarde ou noite — e que os suspeitos agem de carro, muitas vezes usando carretinhas para levar os objetos furtados. “Falam que é um carro preto, mas ninguém vê direito. Quando percebe, já levaram tudo”, lamenta.

Medo e revolta

A moradora diz que vive com medo e sente falta de policiamento na região. “A gente avisa, fala nos grupos, mas parece que ninguém faz nada. Aqui no Jardim Inápoles é onde mais tá tendo roubo. A gente se sente abandonada.”

O sentimento de insegurança cresce entre os vizinhos, que se organizam por meio de grupos de mensagens para tentar vigiar as casas uns dos outros. Mas, segundo a moradora, nem isso tem sido suficiente para conter a ação dos criminosos.

Procurada, a Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes) informou que a segurança pública em Campo Grande é realizada em conjunto com as forças de segurança do Governo do Estado e do Governo Federal, conforme estabelece a Constituição Federal.

A secretaria ressaltou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) tem como função principal realizar rondas em prédios públicos e apoiar ações ostensivas da Polícia Militar. Ainda assim, segundo a nota, a GCM atua de forma preventiva, intensificando rondas e prestando apoio em situações de combate a crimes em várias regiões da cidade.

Na região do Imbirussu, onde fica o Jardim Inápoles, os trabalhos contam com o reforço da Base da Guarda Civil localizada no Indubrasil.

 “A gente só quer sossego”

A moradora reforça que o pedido da comunidade é simples: mais segurança e presença das autoridades nas ruas.
“Não dá pra viver assim, com medo o tempo todo. A gente quer poder sair pra trabalhar e voltar pra casa tranquila, sem encontrar tudo revirado. É só isso que a gente quer: um pouco de sossego.”

A Sesdes orienta que a população acione a Guarda Civil pelo telefone 153 ou à Polícia Militar (190), canal disponível 24 horas por dia.