Campo Grande

há 2 semanas

Cão morre durante banho e tosa e família contesta atuação de pet shop no Pioneiros (vídeo)

Animal morreu após reação a sedativo; clínica alega intercorrência e garante que ofereceu assistência veterinária ao cão

17/11/2025 às 15:00 | Atualizado 19/11/2025 às 12:11 Dayane Medina
Reprodução/Repórter Top

Tutores de um shih-tzu, de 7 anos, investigam a morte do animal, entregue já sem vida à família após atendimento de banho e tosa, na quinta-feira (13), no bairro Pioneiros, em Campo Grande. Os donos apontam negligência, omissão e despreparo do estabelecimento com o caso.

De acordo com a nora da tutora, Jéssica Prado, 37 anos, a sogra mandou os dois shih-tzus, mãe e filho, ao pet shop que costumavam tomar banho. Depois de deixar os animais no estabelecimento, os tutores receberam ligação do pet shop pedindo autorização para sedar o shih-tzu de 7 anos, já que ele estava muito agitado, o que foi concedido por telefone.

Horas depois, apenas a fêmea Belinha, mãe do animal, foi entregue à família. A ausência do outro animal deixou os tutores desconfiados. Conforme a nora, o estabelecimento alegou que o cachorro ainda estava acordando do sedativo e seria entregue depois.

A família decidiu ir até o pet shop, mas segundo a versão da família, foram enrolados pela equipe e receberam várias versões sobre o estado do animal.

“Quando meu cunhado chegou com minha sogra lá, começaram a dar desculpas. Eles insistiram muito para ver o cachorro e, quando deixaram, ele já estava morto”, conta Jéssica.

Ela afirma que o estabelecimento tentou impedir a presença da polícia, relutou em entregar o corpo e, inicialmente, não queria fornecer atestado de óbito. A família também se revoltou com a forma como o corpo foi disponibilizado.

“Na hora de entregar, colocaram ele dentro de um saco de lixo. Foi doloroso, desrespeitoso. A minha sogra está arrasada”, comenta.

Na documentação entregue posteriormente, o pet shop teria informado que o animal apresentou dificuldade respiratória e sofreu reação à sedação.

A família conseguiu retirar o corpo do cachorro do pet shop e levou a uma clínica, onde solicitou necropsia. O local informou que o resultado deve ficar pronto até sexta-feira (21).

A reportagem entrou em contato com o estabelecimento citado para solicitar esclarecimentos sobre o caso. Em resposta, a clínica informa que tem estrutura para procedimentos com sedação e diz que o cachorro sofreu um mal súbito cerca de uma hora após o procedimento, apresentando dificuldade respiratória.

“O animal foi a óbito no mesmo dia e o proprietário foi informado minutos antes que haveria intercorrências, e que a sugestão seria mantê-lo em observação.  Mesmo com todas as manobras técnicas necessárias para tentar reverter, o animal foi a óbito 30 min após a comunicação ao responsável do cão”, disse a clínica.

A clínica também nega que o corpo tenha sido entregue em saco de lixo, dizendo que foi liberado em uma coberta. Segundo o estabelecimento, a necropsia foi sugerida inicialmente pela própria equipe.

“A liberação do corpo foi sugerida pela clínica. O animal foi liberado imediatamente em coberta, não em saco de lixo. O procedimento de sedação foi previamente autorizado e comunicado, assim que o pet passou mal foi prestada a imediata assistência médico-veterinária necessária”, acrescentou o estabelecimento.

O caso deve ser encaminhado à polícia para investigação.