Política

há 1 semana

Marcos Pollon vê perseguição política e 'ditadura constitucional' em prisão de Bolsonaro

Deputado afirma que Constituição estaria sendo "rasgada" para punir politicamente um líder popular

22/11/2025 às 10:01 | Atualizado 22/11/2025 às 10:02 Elizeu Ribeiro
Redes sociais

Em suas redes sociais, o deputado federal por Mato Grosso do Sul, Marcos Pollon (PL), manifestou profunda indignação com a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada na manhã deste sábado (22) pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Pollon classificou a medida como um “escândalo” e um “ataque frontal à democracia”:

“Rasgam a Constituição, transformam a ‘justiça’ em arma de perseguição e empurram o Brasil rumo à ditadura. Podem calar um homem, não milhões.”

Aliado de Bolsonaro, Pollon vê na ação do ministro uma ameaça à liberdade. Para ele, trata-se não apenas da prisão de um indivíduo, mas de um movimento institucional que silencia vozes conservadoras, com o risco de instaurar uma “ditadura constitucional”. Segundo o parlamentar, a Constituição estaria sendo “rasgada” para punir politicamente um líder popular.

Ao defender que o país caminha a passos largos para uma ditadura, o deputado ainda citou uma reflexão de Olavo de Carvalho:

“O que falta para o distinto público entender que já estamos sob uma ditadura comunista? O que falta?”

Embasamento para prisão

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), usou como embasamento da decisão de mandar prender Jair Bolsonaro preventivamente, neste sábado (22/11), a violação da tornozeleira eletrônica que o ex-presidente da República usava em prisão domiciliar.

Segundo informações do Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal apresentadas ao STF, houve ocorrência de violação do equipamento de monitoramento eletrônico, à 0h08 deste sábado (22/11).

“A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”.
A manifestação citada por Moraes foi uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-SP) em frente ao Condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico. Essa mobilização também motivou a Polícia Federal a solicitar a prisão preventiva de Jair Bolsonaro ao STF.

A corporação viu risco à ordem pública no ato e solicitou ao ministro Alexandre de Moraes que a prisão preventiva fosse efetuada. Segundo a PF, uma aglomeração colocaria em risco os agentes, os apoiadores do ex-presidente e o próprio Bolsonaro.

“A informação de Polícia Judiciária identificou que teria sido convocada para o dia 22 de novembro de 2025 uma vigília em prol de Jair Messias Bolsonaro nas proximidades da residência deste, na cidade de Brasília”, diz trecho da decisão.