Natural de Caracol, 384 km  de Campo Grande, Rita de Cassia mantém uma pequena, mas produtiva, horta de guavira em casa. Ela conta que ganhou duas mudas de Bonito, plantou no quintal e, surpreendentemente, as plantas se adaptaram tão bem que estão frutificando o ano inteiro.

"O pé é pequeno no campo, no cerrado, mas no quintal parece que a terra tem fermento para elas", brinca.

A época de maior produção vai de outubro a novembro, mas as plantas florescem por meses, garantindo frutinhas durante o ano. Ela também possui terrenos em Sidrolândia, onde planeja expandir o cultivo nos próximos anos, preservando essa maravilha da natureza que vem desaparecendo devido ao desmatamento.

A guavira, de sabor doce e marcante, é consumida direto do pé e já foi usada para licores caseiros, embora atualmente ele prefira apenas comer a fruta fresca.

Segundo ela, o interesse pela planta vem desde a infância, aprendido ainda na roça com a família em Caracol.  "Morei em bela vista por 20 anos e faz 22 anos que estou aqui em Campo Grande, mas nunca esqueci das minhas raízes e quero que meus netos conheçam essa maravilha da natureza que daqui a uns tempos não vai mais existir nos campos. Por esse motivo que eu quero cultivar além da minha casa na roça também",

Apesar do quintal pequeno não permitir o cultivo de outros vegetais, a dedicação à guavira mantém viva a conexão com suas raízes e com a tradição familiar, segundo a própria Rita.