Motoristas do transporte coletivo denunciam que o vale-alimentação está atrasado e sindicato que representa a categoria aguarda manifestações para avaliar quais medidas tomar, em Campo Grande. 

Conforme apontado por trabalhadores, que não quiseram se identificar, o vale cai todo dia 20. 

''Hoje já é dia 25 e nada até agora. Sempre contamos com esse dinheiro'', desabafou um trabalhador. 

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano, Demétrio Freitas, disse ao TopMídiaNews, nesta segunda-feira (24), ter ouvido das empresas de transporte que a prefeitura deixou de repassar parte dos valores. Neste caso, o Consórcio não teria como pagar os condutores. 

''Segundo o Consórcio é uma diferença que a prefeitura deixou de passar. Não tem dinheiro para nada, nem para o vale, 13º nem para o pagamento do próximo 5º dia útil [salário de novembro]'', desabafou o sindicalista. 

Ainda segundo Freitas, ele questionou as empresas, que teriam pedido prazo para resposta nesta terça-feira. 

''Caso não tenha nenhuma novidade, aí a gente vai ver o que faz'', comentou Demétrio. 

Transtorno 

Em 22 de outubro, a prefeitura, após longa peregrinação, disse ter efetuado repasse de R$ 2,3 milhões para o Consórcio. O objetivo era evitar paralisação de cerca de uma hora no serviço, que causou um caos na cidade. A gestão Adriane negava ter qualquer dívida com as empresas, mas o pagamento foi uma confissão. 

Ilegal? 

Os problemas não pararam por aí: a secretária de Finanças, Márcia Helena Hokama, pode ter pago a dívida com o Consórcio usando dinheiro do fundo Municipal de Saúde, o que seria ilegal. A denúncia é investigada pelos vereadores. 

• Veja também

• Sem previsão de pagamento, motoristas de ônibus debatem segunda se entram em greve em Campo Grande