há 1 semana
Preso por jogatina, advogado aliado dos Razuk foi o único a processar família Name
Ele virou cacique partidário e explorou ''coragem'' em propaganda eleitoral
O advogado Rhiad Abdulahad é um dos 20 presos na 4ª fase da Operação Successione, deflagrada nesta terça-feira (25), pelo Gaeco, em MS. À época, ele ganhou notoriedade por ser o único profissional do Direito a pegar a causa de uma das vítimas de Jamil Name pai [falecido] e Filho, durante a Operação Omertà.
A partir de 2018, José Carlos Oliveira passou a denunciar Jamil Name e o filho por extorsão. Ele foi coagido pelo grupo a ceder uma casa no Bairro Monte Líbano, que tempos depois viria a servir de depósito de armas da quadrilha.
A Operação Omertà prosseguiu, mas antes disso, Oliveira disse que tentou advogados para representar contra os Name. Relatou que bateu à porta de vários escritórios, mas percebeu que havia pânico entre defensores quando ouviam que a ação seria contra a poderosa família de MS.
Dinheiro apreendido na 4ª fase da Successione (Foto: Reprodução MPE-MS)
Ainda segundo apurado pelo TopMídiaNews, foi somente no escritório de Rhiad que a vítima recebeu grarida. A ação por indenização contra pai e filho avançou na Justiça estadual. Mas o que chama a atenção é que Abdulahad pegou a causa justamente por ser próximo à família Razuk, acusada de comandar o bicho em Dourados e rival de Jamil.
Abdulahad foi candidato e cacique político (Foto: Reprodução Facebook)
Cacique
Rhiad também atuou intensamente na política. Foi presidente do União Brasil estadual e em Campo Grande, após disputa com Rose Modesto. Ele se lançou candidato e, inclusive, explorou em plena campanha a ''coragem'' de ser o único advogado a ter coragem de processar os Name.
O Gaeco vê participação de Rhiad no esquema de jogos de azar: o pai dele, José Eduardo Abdulahad, também teria participação no esquema. Já foi alvo inclusive de outra fase da operação e está foragido.
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