Prodígio do xadrez em MS

há 1 semana

Talento de 12 anos surpreende e vence adversários mais velhos no xadrez regional

Jovem começou a jogar aos seis anos, evoluiu de forma autodidata e hoje integra a turma avançada de uma academia especializada; mãe destaca dedicação, amor pelo esporte e apoio familiar

26/11/2025 às 19:00 | Atualizado 27/11/2025 às 07:50 Felipe Arguelho
Autodidata, menino de 12 anos se torna vice-campeão de xadrez no Centro-Oeste - Arquivo familiar

O campo-grandense Matheus dos Reis Andretto, de apenas 12 anos, vem chamando atenção no cenário regional do xadrez por sua evolução meteórica. Bicampeão estadual escolar em 2024 e 2025, o jovem se destacou novamente neste ano ao conquistar o vice-campeonato Centro-Oeste, competindo numa categoria acima da sua faixa etária para buscar o título de Mestre Nacional.

A mãe, Graciela Gomes dos Reis Andretto, contou à reportagem que o interesse do garoto surgiu aos seis anos, quando o xadrez fazia parte da grade curricular da escola em que estudava. "O professor me chamou nas primeiras aulas e disse que ficou impressionado, porque ele aprendeu as regras básicas muito rápido, algo incomum para uma criança da idade dele", relata.

Vice-campeão Centro-Oeste aos 12 anos

Em 2025, o jovem decidiu encarar um desafio maior: competir na categoria superior, em busca do título de Mestre Nacional. "Foi uma surpresa ver ele conquistar o segundo lugar entre competidores mais velhos. Ele ainda é muito novo para essa categoria, mas encarou de frente".

Graciela descreve o sentimento de acompanhar o crescimento do filho no esporte:
"É muito orgulho. Mas nenhum atleta chega lá sem apoio. A gente incentiva, investe, mas não cobra resultados. O que pedimos é que ele jogue com alegria. Ele ama muito o xadrez".

Talento precoce e aprendizado autodidata

Com o fim do xadrez na escola no ano seguinte, Matheus não abandonou o esporte, pelo contrário.
"Ele pediu um tabuleiro, começou a assistir vídeos de grandes mestres no YouTube e reproduzia as partidas sozinho. Foi totalmente autodidata", diz Graciela.

A primeira competição aconteceu quando ele tinha 11 anos. Mesmo sem ter aulas formais, surpreendeu.
"Ele perdeu apenas para o campeão, e todas as outras crianças faziam aula. Foi aí que eu disse que colocaria ele numa academia no ano seguinte", contou.

Em 2024, já na academia de xadrez, Matheus apresentou um avanço incomum, explicou a mãe. "Outros meninos levariam um ou dois anos para chegar ao nível dele. Em poucos meses, ele já superava colegas mais experientes".

Segundo ela, o próprio Matheus se desafia constantemente. "Ele se cobra. Quando conquista uma coisa, já quer outra. Ele sempre quer mais".

A mãe reforça a importância de ver o interesse dele em um esporte que exige concentração e raciocínio. "Em um momento em que tantas crianças preferem eletrônicos, ver o Matheus se dedicando a um jogo estratégico é gratificante”, celebrou.

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