há 1 semana
Bando chefiado pelo clã Razuk tinha sobrinho de Jarvis Pavão e carros blindados
Ele participava de assaltos contra funcionários de grupo rival
Investigação do Gaeco – no âmbito da Operação Successione - revelou que o bando liderado pelo deputado Neno Razuk era considerado violento em ações relacionadas ao jogo do bicho em MS. Um dos investigados é sobrinho do megatraficante paraguaio, Jarvis Pavão.
As ações do grupo – que teve 20 de seus membros presos na segunda-feira (24) – foram consideradas violentas e incluem assaltos a mão armada, extorsão, lavagem de dinheiro e outras relacionadas aos jogos de azar.
Um dos presos na 4ª fase da ação é Jonathan Gimenez Grance, o ''Cabeça'', nada mais nada menos que sobrinho de Jarvis, traficante temido e atualmente cumprindo pena no Presídio da Papuda, em Brasília.
Prisões apuram crimes relacionados à jogatina (Foto: Reprodução Gaeco)
Poder de fogo
No despacho que autorizou as prisões dos investigados, a juíza May Melke Siravegna, do Núcleo de Garantias, concordou com o relatório do MPE-MS, que mostra alta periculosidade dos envolvidos. Aliás, Jonathan teria supervisionado um assalto feito por outro membro da quadrilha: Carlito Gonçalves Miranda, diz o MPE. Os dois foram presos em flagrante em posse de várias armas e veículos blindados e por isso – além do parentesco com o megatraficante – é considerado de alta periculosidade e importância dentro da organização criminosa.
Outro crime atribuído a Cabeça é o de ser responsável por uma casa onde foram apreendidas máquinas caça-níqueis. Ele também orientava os integrantes da quadrilha sobre coo agir perante às autoridades durante as investigações dos roubos apurados pelo Gaeco.
Successione
A operação chegou à quarta fase e é voltada ao combate à jogatina clandestina. Houve ações em Campo Grande, Dourados e cidades de mais três estados, como Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul.
Entre os presos estão o ex-deputado estadual, Roberto Razuk, os dois filhos dele, Rafael e Jorge Neto Razuk e o advogado ligado à família, Rhiad Abdulahad. Neno Razuk já tinha sido alvo na fase anterior.
Vácuo
Investigações apontam que a maior fatia do esquema da jogatina em Campo Grande era comandada pela família Name, que perdeu espaço após sucessivas operações policiais. Desde então, o controle do mercado ilegal teria se tornado alvo de disputa por outros grupos, um deles do clã Razuk.
O espaço está aberto para manifestação dos citados.
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