A mãe atípica Elisângela Silva de Souza apresentou, nesta terça-feira (2), um documento de “Nada Consta” para rebater a acusação feita pela prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), e pelo líder da gestão na Câmara Municipal, vereador Beto Avelar, de que ela teria passagens por tráfico de drogas. O documento, segundo Elisângela, comprova que as declarações das autoridades são falsas.

Elisângela foi uma das pessoas atingidas pela ação da GCM (Guarda Civil Metropolitana) durante protesto realizado no último sábado (29), no Centro da Capital, durante a inauguração do “Natal dos Sonhos”. Ela foi empurrada por um agente da Guarda, sofrendo um ferimento no braço. No mesmo episódio, uma idosa também teria sido agredida e dois manifestantes foram presos, entre eles o organizador do ato, o professor Washington.

Durante entrevista ao programa Tribuna Livre, da Rádio FM 95.7, na manhã desta terça-feira (2), a prefeita Adriane Lopes afirmou que os manifestantes seriam ligados ao ex-prefeito e vereador Marquinhos Trad (PDT) e à ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil). Segundo ela, o grupo teria sido pago e transportado de ônibus para “tumultuar” o evento natalino e atacar sua imagem pública.

Ao se referir aos manifestante, a gestora também declarou que muitos deles teriam “mais de 50 passagens pela polícia” e estariam “armados”.

Em entrevista ao TopMídiaNews, o vereador Marquinhos Trad negou qualquer envolvimento com o protesto e lamentou que a prefeita tenha chamado os manifestantes de “bandidos”. Ele afirmou que não financiou e nem mobilizou ativistas para prejudicar a gestão municipal.

A ex-deputada federal Rose Modesto também repudiou as declarações de Adriane Lopes. Em nota, classificou as acusações como “graves, mentirosas e levianas”, e anunciou que irá ingressar com um processo judicial contra a prefeita. Rose afirmou ainda que jamais convidou ou mobilizou sua base para participar de atos contra a atual administração.