Saúde Pública

há 4 horas

Com perna inchada e bactéria no sangue, paciente tem piora à espera de vaga em hospital

Internado há uma semana, Ramão não consegue vaga nem medicamento para tratar problema em Campo Grande

12/12/2025 às 11:00 | Atualizado 12/12/2025 às 12:50 Carol Rampi
Repórter Top

A família de Ramão Luiz de Oliveira, de 56 anos, enfrenta situação desesperadora em busca de vaga em hospital para o homem. Há mais de seis dias internado na UPA (Unidade de Pronto Atendimento Comunitário) do Universitário, em Campo Grande, ele enfrenta a piora no quadro de saúde, por estar sem a medicação necessária. 

Para a reportagem do TopMídiaNews, a irmã de Ramão, Ilma Oliveira, relatou que ele deu entrada na unidade na noite da última sexta-feira (5) e permanece no mesmo estado desde então. “A situação dele continua a mesma. Ele está com uma bactéria no sangue, a perna está inchada, a gente esperando o encaminhamento para o hospital, mas alegam que não tem vaga. Ele reclama muito de dor, praticamente não está comendo, só toma suco”, relatou. 

Segundo ela, a família tem comprado antibióticos prescritos pelos médicos devido à falta de medicamentos na unidade. “A gente acabou comprando, mas ele continua reclamando. Ele não consegue nem descer da cama para fazer as necessidades porque a perna está muito inchada”, afirma. Ilma também conta que há outros pacientes na mesma situação: “Não só com ele, mas com muita gente ali. A situação da saúde está lamentável”.

A família relata ainda dificuldades para obter o encaminhamento hospitalar. “Ontem eu passei a manhã inteira esperando. Consegui pegar o encaminhamento só às 22h”, diz Ilma. Mesmo com o documento, a vaga para hospital não foi disponibilizada.

Jakeline, filha do paciente, reforça que ele está sem receber medicação, que deveria ser fornecida pela unidade. “Os médicos dão a receita e a família que compra. Ele não está tendo melhora, não está comendo, está com muita dor e não consegue levantar. A médica falou que a infecção já está subindo da perna para o joelho, ele não está tendo melhora”, afirma.

A família cobra urgência na transferência para um hospital, mas até o momento não há previsão de transferência. 

A reportagem entrou em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) sobre a demora para a transferência e falta de medicamentos, e aguarda retorno.