Política

21/11/2013 15:00

Deputado Zé Teixeira usa tribuna para falar sobre conflitos indígenas

Conflitos

21/11/2013 às 15:00 | Atualizado Marithê Lopes
Foto: Marithê Lopes

O vice-presidente da Comissão de Desenvolvimento Agrário e Assuntos Indígenas da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado Zé Teixeira (DEM), ocupou a tribuna na manhã desta quinta-feira, 21 de novembro, para falar sobre a situação de caos decorrente de invasões de índios em propriedades rurais do Estado.

 

O deputado discorreu sobre a repercussão da reunião realizada na Acrissul (Associação de Criadores de MS), que marcou para 7 de dezembro o “Leilão da Resistência”, como é denominado o certame que pretende arrecadar fundos para garantir segurança das propriedades.

 

"Sobre a segurança nas aldeias houve um acordo de cooperação assinado que não está sendo cumprido. Percebo uma inércia da Polícia Federal e a demora do judiciário. Os produtores estão querendo fazer defesa dos próprios bens e não existe maldade da parte deles  contra o índio. O ex-governador Zeca do PT  foi infeliz quando disse que o leilão é um atentado à democracia", comenta Zé Teixeira sobre a realização de leilões para arrecadar fundos a fim de bancar a contratação de seguranças para proteger as fazendas de ocupações indígenas.

 

Para Teixeira, o leilão é sinônimo de desespero por parte dos produtores rurais de MS ante a inércia das autoridades constituídas no Estado. “A classe produtora está passando por um momento difícil. O ministro da Justiça (José Eduardo Cardozo), que até esteve aqui no Estado para intermediar a situação de conflito, ainda não fez nada. Os produtores estão com medo”.

 

Na tribuna o deputado Zé Teixeira cobrou atitude mais severa do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo."Está faltando pulso firme do nosso Ministro. Ele tem que bater na mesa e afirmar que nenhum direito vai sobrepor o outro, que produtores rurais e índios são iguais perante a lei.

 

Em Brasília o Governador André Puccinelli defendeu nesta manhã uma solução imediata para resolver a questão fundiária indígena em Mato Grosso do Sul. “Reconheço o empenho do governo federal. O Estado de Mato Grosso do Sul não é dono de terras, portanto a solução tem que ser da União. Isso é uma prioridade. Precisamos encontrar soluções imediatas que contemplem todos os envolvidos na questão”, falou Puccinelli durante audiência pública no Senado Federal.