Política

19/10/2015 09:57

CPI do Genocídio deve decidir membros na terça-feira, 20

19/10/2015 às 09:57 | Atualizado Izabela Sanchez
(foto: Assembleia Legislativa de MS)

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Genocídio, que busca investigar o assassinato e perseguição de pessoas indígenas em Mato Grosso do Sul nos últimos 15 anos, deve ter os membros escolhidos na terça-feira, 20.  

A CPI tem o nome oficial de “CPI de ação de omissão do estado nos casos de violência contra povos indígenas de 2000 a 2015" e foi impulsionada por entidades que atuam na defesa dos direitos de etnias indígenas, movimentos sociais, e pelo bancada do PT, representada, principalmente, pelo deputado Pedro Kemp (PT).

São cinco vagas para compor a Comissão: 01 vaga para presidente, 01 para vice, 01 para relator e 02 integrantes. O nome mais cotado para assumir a presidência da CPI é o deputado João Grandão (PT).

Somente nos últimos 12 anos, dados do Relatório de Violências Contra os Povos Indígenas de 2014, do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), mostram que 390 indígenas foram assassinados e outros 585 cometeram suicídio. Em Mato Grosso do Sul, 229 inquéritos de homicídios contra indígenas foram abertos nos últimos anos. O caso mais recente foi o assassinato de Semião Vilhalva, morto em uma ocupação da terra indígena já homologada pela União, Ñande Ru Marangatú, no Município de Antônio João. Entidades internacionais também realizam estudos sobre os casos, e o estado ganhou notoriedade pela violência contra os povos indígenas.