Campo Grande

28/10/2015 13:44

Bloqueio de bens pode abrir nova Comissão Processante contra Bernal

28/10/2015 às 13:44 | Atualizado Dany Nascimento
Foto: Geovanni Gomes

A Câmara Municipal de Campo Grande pode abrir uma Comissão Processante diante da decisão da Justiça Federal, que acatou a denúncia feita pelo MPF (Ministério Público Federal) contra o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), o vereador José Chadid e outras cinco pessoas, por um suposto desvio de R$ 647.563,01 de dinheiro da merenda escolar. Eles estão com aproximadamente R$ 1,9 milhão bloqueados pode decisão judicial.

De acordo com o vereador Chiquinho Telles (PSD), os parlamentares devem analisar o documento para ter conhecimento da situação. "Nós temos que ter conhecimento do teor do documento, mas a câmara não pode se omitir de nada. Se esta situação não aparecer na Processante que culminou com a cassação em 2014, com certeza a Casa pode solicitar a abertura de outra Comissão".

Chiquinho destaca que os vereadores devem se manter atentos e investigar o Executivo. "Já fizemos isso lá atrás, investigamos e cumprimos com o nosso papel que é de investigar para não pagarmos por omissão".

O parlamentar afirma ainda, que a Casa vai aguardar o desdobramento e as informações oficiais no decorrer dos próximos dias. "Vamos aguardar os desdobramentos e informações oficiais. Só digo que nós  não podemos fugir da nossa responsabilidade e não vamos fugir".

Bloqueio

A Justiça Federal acatou a denúncia feita pelo MPF contra o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), o vereador José Chadid e outras cinco pessoas, por um suposto desvio de R$ 647.563,01 de dinheiro da merenda escolar. A verba foi repassada ao município pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar, o PNAE, para custear a merenda escolar de 115 mil alunos da rede municipal de ensino. Veja clicando aqui.

De acordo com o documento obtido pelo TopMídiaNews, a denúncia tem como base um inquérito civil público, instaurado pela Procuradoria da República no Mato Grosso do Sul, e tem como foco o contrato da empresa Salute Distribuidora de Alimentos Ltda, desde a dispensa ilegal de licitação, sobrepreço nos produtos ofertados e a não aplicação de multa à empresa.