Polícia

12/11/2015 13:12

Jovem diz que sofreu homofobia de guarda ao ir em banheiro de praça da Capital

12/11/2015 às 13:12 | Atualizado Anna Gomes
Foto: Geovanni Gomes

Um jovem de 17 anos garante ter sido vítima de abuso de poder da Guarda Municipal após ter sido detido e agredido por volta das 21h de ontem (11), na Praça Ary Coelho, no Centro de Campo Grande. O rapaz relata que foi ao banheiro e acabou acusado de estar praticando sexo no local.

Segundo Cris Stefanny,  que recentemente assumiu o cargo de coordenadora de Políticas Públicas LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) da Prefeitura de Campo Grande, ela foi à delegacia após receber um telefonema relatando o que havia acabado de acontecer.

Cris conversou com o jovem, que explicou ter ido ao banheiro da praça para suas necessidades fisiológicas, quando foi surpreendido por um Guarda Municipal que teria passado a agredi-lo o chamando de ‘viadinho’, ‘gayzinho’ e outras palavras de baixo calão. Além de acusar o rapaz de estar fazendo sexo no local. Indignado com as palavras do guarda, o adolescente resolveu revidar pedindo respeito e que o funcionário público não poderia falar daquela forma.

Após uma briga verbal, o jovem foi detido e encaminhado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro. O rapaz reclama que os policiais apenas ouviram a versão do guarda e ele não teve chance de poder se defender.

“Trabalho em um salão de beleza que fica próximo da praça, lá não tem banheiro e a dona do estabelecimento manda a gente usar o local público. Não fiz nada, ele passou a me agredir e eu pedi respeito, foi quando ele me pegou pelo braço, me colocando para o lado de fora do local. Passei constrangimento, ele não me deixou levar testemunhas para a delegacia e ainda me acusa de desacato. Isso é  homofobia, me julgar pela minha opção sexual, ou pela forma que me visto”, desabafou o jovem.

Ainda conforme a Cris, como o rapaz é menor de idade, ela ligou para a mãe do adolescente que precisou busca-lo na delegacia.