15/12/2015 10:26
Bumlai e investigados podem pegar 43 anos de prisão
A denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra o pecuarista José Carlos Bumlai e mais 10 pessoas será analisado pela Justiça Federal, e caso seja aceita, todos se tornam réus com a possibilidade de serem condenados por até 43 anos de prisão.
De acordo com o MPF, todos são suspeitos de cometer crimes como lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, corrupção ativa e passiva, investigados pela Operação Lava Jato, que apura um esquema de corrupção na Petrobras. Além disso, os procuradores solicitam ainda, a reparação de R$ 53,5 milhões por danos causados à petroleira.
Bumlai é acusado de agir como um operador no pagamento de propinas do Partido dos Trabalhadores e mesmo preso desde o dia 24 de novembro, continua negando todas as acusações.
Foram denunciados pelo MPF:
– José Carlos Marques Bumlai, pecuarista: corrupção passiva, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro
– Maurício de Barros Bumlai, filho de Bumlai: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
– Cristiane Barbosa Bumlai, nora de Bumlai: corrupção passiva, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro
– Salim Taufic Schahin, executivo do Grupo Schahin: corrupção ativa, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro
– Milton Taufic Schahin: corrupção ativa e gestão fraudulenta
– Fernando Schahin: corrupção ativa
– Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras: corrupção passiva
– Jorge Zelada, ex-diretor da área Internacional da Petrobras: corrupção passiva
– Eduardo Musa, ex-gerente da Petrobras: corrupção passiva
– João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT: corrupção passiva
– Fernando Soares, lobista: corrupção passiva
Conforme a denúncia, entre outubro de 2006 e dezembro de 2009, Milton, Fernando e Salim Schahin ofereceram US$ 1 milhão em propina para Eduardo Musa, além da quitação de uma dívida de R$ 49 milhões – em valores corrigidos. Este valor seria uma vantagem indevida em favor do Partido dos Trabalhadores (PT).
Este pagamento de propina foi feito por Fernando Baiano e João Vaccari Neto, atendendo um pedido de José Carlos Bumlai e Salim Schahin.
Segundo o procurador coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, um dos esquemas envolveu uma série de empréstimos fraudulentos e, para pagar esses empréstimos, foram feitos contratos da empresa Schahin com a Petrobras.
A investigação apontou, conforme o MPF, que Bumlai fez um empréstimo junto ao Banco Schahin, que nunca foi pago. O valor de R$ 12 milhões (sem correções) teria sido usado para quitar dívidas do PT.
Como troca, Bumlai teria agido para que o Grupo Schahin fechasse o contrato de operação do navio-sonda Vitória 10.000. O pecuarista e o Grupo Schahin têm negado as acusações.