16/05/2016 14:51
Estudo prevê estratégias de diagnóstico e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis em grupo
Infecções sexualmente transmissíveis (IST) são doenças infecciosas cuja transmissão ocorre essencialmente, porém não de forma exclusiva, pelo contato sexual. Dentre as IST podemos destacar a causada pelo Papilomavírus humano (HPV), a hepatite B, a hepatite C, a infecção por Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), a infecção pelo vírus Linfotrópico de células T humanas – 1 (HTLV-1) e a Sífilis.
Consideram-se populações expostas a riscos de aquisição de IST aquelas cujo comportamento ou a contingência social leva a exposição frequente aos meios de contágio para essas enfermidades. Historicamente, alguns grupos estão inseridos neste contexto como homens em geral, mulheres profissionais do sexo e usuários de drogas, por culturalmente não buscarem os serviços de saúde de forma preventiva.
Com o objetivo de determinar os aspectos imunológicos, sorológicos e moleculares das IST em grupos populacionais expostos a risco em MS, o Núcleo Emergente de Pesquisa em Infecções Sexualmente Transmissíveis no Estado de Mato Grosso do Sul, formado por jovens pesquisadores e seus orientandos ligados à pesquisa e pós-graduação, vem realizando estudos em conjunto com o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul por meio de sua Secretaria de Saúde e Fundect; Fiocruz, Instituto de Medicina Tropical de São Paulo e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
De acordo com a coordenadora do programa, a imunologista, Inês Aparecida Tozetti, os estudos alertam quanto à necessidade de medidas preventivas e de atenção básica à saúde nestes grupos. “Diante do exposto ressalta-se também a importância de estudos posteriores, em nossa região para reconhecermos a realidade e adequarmos estratégias de prevenção e tratamento”.
“Durante o desenvolvimento deste projeto publicamos sete artigos em periódicos de elevado fator de impacto e de circulação internacional, além de três teses de doutorado, 10 dissertações de mestrado, dois trabalhos de conclusão de curso de graduação e quatro projetos de iniciação científica, colaborando desta forma para a produção científica e formação de recursos humanos em nosso Estado”, conclui a pesquisadora.