Interior

09/09/2016 19:26

Greve na educação municipal de Dourados termina após quase 80 dias

Aulas retornam na segunda-feira (12)

09/09/2016 às 19:26 | Atualizado Thiago de Souza
Professores decidem em assembleia encerrar greve - Foto: Dourados Agora

A greve dos educadores da rede municipal de ensino em Dourados terminou hoje (9), e as aulas voltam ao normal na segunda-feira. A paralisação terminou após readequação do Projeto de Lei Complementar (PLC 019/2016), que trata do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos servidores da Educação.

Conforme o Dourados News, os vereadores de Dourados se reuniram em sessão extraordinária para votação da retirada de um trecho da redação do artigo do decreto de Lei do PCCR Administrativo que condiciona o pagamento à disponibilidade de receita. Como passou pela Câmara, os educadores se reuniram ontem mesmo em assembleia para votar propostas oficializadas com a prefeitura durante a semana. A maioria acatou e decidiu pôr fim a greve.

A paralisação atingiu 80 dias e foi uma das mais longas dos últimos anos na rede de ensino. Desde a segunda-feira, uma Comissão do Simted (Sindicato dos Trabalhadores em Educação) vinha negociando, com intermédio da Câmara Municipal, o cumprimento das Leis do funcionalismo da Rede Municipal de Ensino.

No entanto, o prefeito Murilo mantinha o discurso de dificuldade financeira vivida pela prefeitura, porém abriu diálogo para a busca de uma solução. Ele ponderou que a implantação do PCCR (Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração) do grupo administrativo seria concretizada no mês de outubro, a partir de um recurso oriundo do Banco do Brasil.

Durante o encontro articulado pelo líder do prefeito, vereador Madson Valente, o sindicado apontou que corrigir algumas distorções identificadas no orçamento da Educação - como problemas na folha salarial, projetos e repasses a unidades de ensino - seria um caminho de obtenção de recursos para Incorporação de 20% do Magistério Municipal.

Com isso, Murilo se comprometeu em efetivar a Incorporação do Magistério a partir de 1º de outubro. Ele também condicionou a proposta para discutir o 1/5, que faz parte do cumprimento do Piso Salarial para 20 horas, a partir do mês de novembro.

Os trabalhadores em educação, durante a negociação, ainda exigiram que a prefeitura publicasse a tabela dos 20% do Magistério em diário oficial. Também solicitaram que fosse retirada da redação do novo decreto da Incorporação a chamada "regência", que poderia suscitar desconfiança dos profissionais aposentados ou em processo de requerimento do direito, além de outros casos em que os profissionais não estejam em sala.