Polícia

27/09/2016 13:41

'Laranjas' de casal Olarte pagam fiança e Justiça determina liberdade

Os dois são investigados pela Operação Pecúnia

27/09/2016 às 13:41 | Atualizado Airton Raes
Geovanni Gomes

Os dois investigados na Operação Pecúnia por serem supostamente “laranjas” de Gilmar Olarte e Andreia Olarte pagaram fiança e tiveram os alvarás de soltura expedidos pela Justiça.

Ivamil Rodrigues de Almeida pagou fiança de R$ 10,5 mil e Evandro Simões Farinelli pagou fiança de R$ 8,8 mil. O juiz da 1ª Vara Criminal, Roberto Ferreira Filho, determinou a liberdade nesta segunda-feira, 26 de setembro, e aplicou medidas cautelares.

Os dois terão que comparecer uma vez por mês à Justiça para comprovar suas atividades, estão proibidos de deixar Campo Grande e devem entregar seus passaportes. Estão proibidos ainda de entrar em contato com as testemunhas do caso e com os demais acusados. O desrespeito a tais condições implica em eventual revogação e retorno a prisão.

Eles estão detidos no centro de Triagem, junto com o ex-vice-prefeito Gilmar Olarte e devem ser soltos na tarde desta terça-feira.

Evandro, Ivamil Rodrigues de Almeida e o casal Olarte foram presos no mês passado, dia 15 de agosto, quando foi deflagrada a Operação Pecúnia, por causa de investigações que tiveram início a partir dos dados obtidos com a quebra do sigilo bancário de Andréia Olarte e de sua empresa, a Casa da Esteticista. 

De acordo com o MPE (Ministério Público Estadual), entre os anos 2014 e 2015, enquanto Gilmar ocupava o cargo de prefeito, “sua esposa adquiriu vários imóveis na capital, alguns em nome de terceiros, com pagamentos iniciais em elevadas quantias, fazendo o pagamento ora em dinheiro vivo, ora utilizando-se de transferências bancárias e depósitos, os quais, a princípio, são incompatíveis com a renda do casal”.

Ivamil é apontado como “corretor de imóveis e braço direito do casal nas aquisições imobiliárias fraudulentas” e Evandro como a “pessoa que cedia o nome para que as aquisições fossem feitas em nome de Andreia Olarte”.  Em depoimento, tanto a primeira-dama afastada quanto Gilmar negaram as acusações.

O filho do casal, um rapaz de 22 anos que não teve a identidade revelada, ainda alegou que apenas trabalhou como estagiário em obra no residencial Dahma ligada a Evandro, sendo que o 'chefe' nunca atuou como laranja da família. O jovem é estudante de arquitetura e também conversou com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) na condição de testemunha.