Polícia

09/12/2016 17:41

Laudo que poderá confirmar aborto como causa de morte sairá em 10 dias, diz polícia

Aline teria passado mal após ingerir medicamento abortivo em Porto Murtinho

09/12/2016 às 17:41 | Atualizado Kerolyn Araújo
Reprodução/ Facebook

O laudo necroscópico que poderá confirmar a causa da morte de Aline dos Reis Franco, 26 anos, que morreu após supostamente cometer um aborto, deverá sair em 10 dias. Aline faleceu na terça-feira (06), dentro de uma ambulância na cidade de Jardim, a caminho de Campo Grande.

Conforme informações do delegado que investiga o caso, Rodrigo Nunes Zanotta, da Delegacia de Polícia Civil de Guia Lopes da Laguna, somente após o laudo ficar pronto é que a história começará a ficar mais clara. "Temos a informação de que ela teria ido para a cidade de Porto Murtinho cometer um aborto, mas a informação só será confirmada após o resultado do laudo", disse.

Com o documento em mãos, o delegado explicou que a participação da amiga no suposto aborto será investigada. "Queremos saber como ocorreu, quem levou a vítima para o hospital, qual foi a participação da amiga no crime. Se ficar confirmado que ela auxiliou no aborto, responderá pela morte de Aline", explicou.

O caso

De acordo com o registro policial, a mãe de Aline procurou a delegacia na quinta-feira (08), onde relatou que na última terça-feira (06), recebeu uma ligação de uma amiga que residia com sua filha dizendo que a jovem estava morta.

Aline, que estaria grávida de dois meses, teria ido com uma amiga para a cidade de Porto Murtinho, onde teriam comprado remédio abortivo na fronteira com o Paraguai. Após ingerir o medicamento, a vítima teria passado mal e levada para o hospital da cidade, onde não contou aos médicos sobre a gravidez. 

Com um quadro clínico debilitado, a mulher foi encaminhada de ambulância para Campo Grande, mas teve uma piora em Jardim, onde faleceu.

A amiga que acompanhava a jovem na realização do suposto aborto foi até um cartório e fez uma certidão de óbito constando insuficiência respiratória aguda e traumatismo craniano encefálico. 

No velório, a mãe da vítima desconfiou do caso, acionou a polícia e cerimônia foi interrompida.