Campo Grande

06/01/2017 18:25

Em vistoria, Marquinhos Trad flagra alimentos estragados em depósito de merenda da Capital

Frota de caminhões para distribuir os mantimentos está sem condições de uso

06/01/2017 às 18:25 | Atualizado Thiago de Souza
Alimentos vencem e geram prejuízos para Campo Grande - André de Abreu

Levantamento pedido pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD), no depósito de merenda escolar de Campo Grande, mostrou um cenário de abandono e desperdício do dinheiro público. Toneladas de arroz com caruncho estragaram por falta de planejamento e agora estão impróprios para o consumo.   

Na vistoria que fez na central, na tarde desta sexta-feira (6), Trad  constatou que não há alimentos suficientes para o início das aulas e que vai providenciar a compra dos mantimentos.O depósito abastece 99 ceinf's, 93 escolas municipais e entidades assistenciais da Capital.  

Outro problema grave, segundo o novo superintendente de abastecimento escolar da Prefeitura, Adaltro Albinelli, é que não há veículos disponíveis para fazer o transporte dos alimentos. No pátio da central existem quatro caminhões, todos sucateados, sem as mínimas condições de uso. A denúncia dá conta que diretores de ceinf's no ano passado tinham de buscar a comida por meios próprios e inclusive se sujavam carregando cereais e até frango. O prefeito Marquinhos Trad disse que a situação é lastimável e que vai providenciar frota de outros setores da prefeitura para levar os mantimentos até a escola.  A distribuição da merenda escolar começa no próximo dia 23 de janeiro.

"Vou abrir licitação para compra dos alimentos ou fazer emergencial, não tenho outra alternativa. Vai ser o que o Tribunal de Contas achar melhor'', anunciou o prefeito. 

O superintendente Albinelli destacou ainda que a câmara fria do depósito não possui contrato de manutenção, e se apresentar defeito pode comprometer a qualidade dos produtos. ''É melhor ter um contrato de manutenção que custe dois, três mil por mês do que chegar em uma segunda-feira e ver toneladas de alimentos podres, o que vai sair muito mais caro para a Prefeitura'', explicou.  

Ainda segundo Albinelli, há uma quantidade considerável de alimentos que sobraram das escolas, o que significa que não houve planejamento adequado por parte do município.  Também há alimentos vencidos no local, o que comprova desperdício do dinheiro público. 

(caminhão está visivelmente sem condições de entregar merenda escolar - Foto:André de Abreu)