09/03/2017 14:26
Sindicatos dos Taxistas e mototaxistas se colocam contra CPI e viram alvo de questionamentos na Câma
'Caso Uber' ainda vai dar muito pano pra manga em Campo Grande
Depois dos motoristas de Uber, os taxistas e mototaxistas lotaram a Câmara Municipal para protestarem contra a suspensão do decreto de Marquinhos Trad (PSD) que regularizava o uso do aplicativo na Capital. Além disso, eles garantiram que são contra a CPI dos Táxis proposta pelo vereador Vinicius Siqueira (DEM).
Usando a tribuna, Bernardo Quartin Barrios que é presidente do Sintáxi na Capital, afirmou ser contra “a investigação, porque estão falando que nós somos uma máfia. Na escola, meu filho ouviu que o pai é mafioso. Ele chegou e perguntou se eu era mafioso”, protestou durante o uso da palavra. Ele estava acompanhado Dorvair Boaventura de Oliveira, o Caburé, que é presidente do Sindicato dos Mototaxistas em Campo Grande. A reclamação foi a mesma.
Segundo Bernardo, os taxistas estão sofrendo com a falta de clientes e como pagam muitos impostos, não conseguem fazer corridas mais baratas. Após eles se colocarem contra uma investigação para apurar a quantidade de alvarás nas mãos de uma mesma família ou de um único permissionário, os parlamentares questionaram o fato da própria categoria ser contra uma investigação sobre o tema.
Junior Longo (SD) por exemplo, fez questão de perguntar o motivo de não aceitarem a CPI dos Alvarás, como a casa quer fazer. “Vocês estão contra o Uber, reclamam que auxiliares estão há 15, 18 anos sem conseguir um alvará, mas também não querem que seja investigado o assunto?”, questionou.
A investigação foi sugerida após uma lista de permissionários ser divulgada mostrando que há muitos alvarás nas mãos de poucas pessoas. O autor da proposta, Vinicius Siqueira ponderou que existem dois pontos principais a serem resolvidos. O primeiro seria a relação de harmonia entre Uber e táxi, mostrando que há espaço para ambos trabalharem na cidade. O segundo é em relação à CPI, que promete investigar irregularidade em aquisições de alvarás tanto de táxis quanto de mototáxis.
Outro que ponderou que é preciso pensar nos usuários foi o vereador Betinho (PRB) que afirmou que o consumidor também vive a crise, e vai buscar o melhor valor. “O passageiro não quer andar de ônibus, que são ruins, são velhos, mas ele quer conforto aliado a bom preço, se tiver algo mais barato ele vai querer usar”, afirmou