Interior

há 7 anos

Em menos de três meses, 18 pessoas foram assassinadas na fronteira

Um dos mortos é suspeito de participar da emboscada que matou o narcotraficante Jorge Rafaat, em junho do ano passado

29/03/2017 às 09:28 | Atualizado Kerolyn Araújo
ABC Color

Já chega a 18 o número de pessoas que foram executadas na fronteira com o Paraguai nos primeiros meses de 2017. Desde a morte de Jorge Rafaat, assassinado em junho do ano passado, a guerra só aumentou na divisa dos dois países.

Ao todo, 18 pessoas foram mortas e os crimes começaram no primeiro dia do ano, com a morte de Walter Rodrigo Arévalos, 33 anos, morto a tiros por pistoleiros em Pedro Juan Caballero. Ele cumpria pena no regime semiaberto por tráfico de drogas.

Depois da execução de Walter, mais 13 pessoas foram mortas entre os meses de janeiro e fevereiro. Em março, o número de crimes já soma cinco, entre eles a execução de um dos maiores narcotraficantes do Paraguai e um crime bárbaro onde um homem foi esquartejado.

O primeiro crime do mês ocorreu no dia cinco de março, em uma praça na cidade de Bella Vista Norte, no Paraguai. O brasileiro Carlos Aquino Júnior Cabreira, 26 anos, caiu em uma emboscada e foi morto a tiros de revólver calibre 38.

No dia 12 de março, um homem de 29 anos, identificado como Guilherme Dublim Duarte, foi executado a tiros no distrito de Sanga Puitã, a 15 quilômetros de Ponta Porã. Na ocasião, um amigo da vítima também acabou baleado.

Dois dias depois, Rony Pavão, 38 anos, irmão do narcotraficante Jarvis Chimenes Pavão, um dos líderes do ramo na fronteira, foi morto com cerca de 12 tiros em Ponta Porã. Jarvis é suspeito de ter comandado a emboscada que causou a morte do também poderoso narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, 56 anos, no dia 15 de julho do ano passado.

No dia 22, um crime bárbaro chocou a população de Ponta Porã. Américo Ramirez Chavez foi executado na casa onde morava, em Pedro Juan Caballero, foi levado para Ponta Porã, onde foi esquartejado e teve os restos mortais colocados em sacos de lixo.

No mesmo dia, um homem identificado como Pedro Alcides Ortiz foi executado a tiros de fuzil calibre .762 no centro de Pedro Juan Caballero.