Interior

14/07/2017 18:37

Polícia prende terceiro suspeito de matar cabo da PM em conveniência

Policial foi resolver briga entre moradores quando foi atingido

14/07/2017 às 18:37 | Atualizado Thiago de Souza
Emerson (esq) foi preso nessa quinta-feira (13) - Diário Corumbaense

Emerson Castedo,25, terceiro suspeito de participar do assassinato do cabo da reserva da Polícia Militar, Luiz Vargas Aguilar,55, foi preso na tarde desta quinta-feira (14), ocorrido no dia 8 deste mês.  

Os outros dois presos são Bruno da Silva Santos, de 26 anos, que já tinha mandado de prisão expedido por outro caso, e Flávio Elias Magalhães da Silva, de 19 anos, que na segunda-feira (10) foi até a Delegacia de Polícia Civil, assumiu a autoria do crime e disse que agiu sozinho. Na ocasião, ele foi interrogado pelo delegado titular do 1º Distrito Policial, Pablo Gabriel Farias, e liberado porque não havia flagrante.   

Segundo o Diário Corumbaense, na manhã de quarta-feira (12), Flávio foi preso pela Polícia Militar Rodoviária em um ônibus tentando deixar a cidade, próximo ao Lampião Aceso, na BR-262. A prisão dele tinha sido pedida pelo delegado na segunda-feira mesmo, sendo expedida pela Justiça. Após ser levado para a Delegacia de Polícia Civil, Flávio Elias desmentiu a primeira versão e explicou que tinha assumido a autoria do crime porque os outros envolvidos teriam filhos.

Segundo apurou a Polícia Civil, a confusão teria iniciado após rixa dos acusados com moradores do bairro. Flávio teria ido a um local comprar pipas em companhia de um primo menor de idade, quando outros jovens teriam corrido ao vê-lo, deixando para trás pares de chinelos. Ele teria destruído os calçados e a mãe de um dos jovens solicitou apoio do policial militar para resolver a situação.

"Quando o cabo Aguilar chegou à conveniência encontrou um rapaz, que seria amigo do trio e que a princípio não teve participação no crime. Nesse momento, Flávio estava dentro da conveniência e Bruno, que estaria fora, entrou rapidamente no bar, saiu, agarrou o policial e atirou com um revólver calibre 22. Em seguida, Emerson surgiu e deu o segundo tiro, com uma espingarda calibre 28, o que causou a morte do policial. O tiro entrou na axila, quase à queima-roupa, da esquerda para a direita, de cima para baixo, o que provavelmente indica que o policial estava inclinado", explicou o delegado Pablo Farias.

A espingarda foi apreendida, enquanto o revólver deve ser apresentado pelo pai de Bruno. A perícia deve concluir o laudo do crime no prazo de dez dias.
Emerson, Flávio e Bruno foram indiciados por homicídio qualificado. A pena varia de 12 a 30 anos de prisão, em caso de condenação.