Polícia

20/07/2017 14:00

Até helicóptero é usado para prender foragido que matou casal em chácara

Polícias do Estado fazem Megaoperação em busca do quinto suspeito do crime

20/07/2017 às 14:00 | Atualizado Anna Gomes
João Garrigó

Os policiais do Estado estão realizando uma megaoperação para encontrar mais um suspeito de estar envolvido na morte do ex-vereador Cristóvão Silveira, 65 anos, e sua esposa, Fátima Silveira. O casal foi brutalmente assassinado a facadas na tarde da última terça-feira (18), em uma chácara localizada na MS-080, saída para Rochedo.

Um helicóptero da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), policiais militares e civis de Campo Grande e Corumbá estão realizando diligências na busca do quinto elemento, já que três foram presos e um morto durante uma troca de tiros com a polícia.

                               

                                                                             (Casal assassinado.)

Até o momento, cinco criminosos participaram do crime. Os presos foram identificados como Rivelino Mangelo, 45, Alberto Nunes Mangelo, 20, e Rogério Nunes Mangelo,19. Já Diogo André dos Santos Almeida,19, morreu durante um confronto com a polícia, enquanto um outro indivíduo que não teve a identidade revelada conseguiu fugir.

                            

                                                          (Pai e filhos assassinos estão presos.)

Rivelino era o caseiro da chácara e mentor do crime, ele é o pai de Rogério e Alberto. Diogo que morreu seria o sobrinho do funcionário do ex-vereador.

Crime premeditado

Conforme o delegado Fábio Peró, do Garras (Delegacia Especializada em Repressão Roubo a Banco, Assalto e Sequestros), o crime estava sendo premeditado por Rivelino há cerca de uma semana. "Pegamos vários áudios no celular dele combinando o crime com o filho, Rogério, e o sobrinho Diogo. Nos áudios ele foi claro ao dizer que, caso não tivesse ajuda dos dois, cometeria o crime sozinho", explicou.

                                                      

                                                             (Diogo morreu durante um confronto com a polícia.)

Ainda segundo Peró, Rivelino disse que estava com raiva do patrão por ser constantemente maltratado e humilhado. À imprensa, o suspeito confirmou a versão. "Ele me xingava e me humilhava todos os dias na frente da minha esposa e da minha filha", contou.

Plano dos criminosos

De acordo com a polícia, o crime ocorreu por volta das 15h30 de terça-feira. Rivelino teria atraído os patrões até um galpão na propriedade rural onde moravam. Ele teria ficado responsável por golpear a mulher, enquanto Diogo feria o homem. Segundo a polícia, Cristóvão teria reagido e entrado em luta corporal com os suspeitos.

                                     

                                                                                 (Facas usadas no crime.)

A intenção também era incendiar os corpos, mas como havia pouca gasolina, apenas uma parte do corpo de Fátima foi carbonizado.

Após o crime, eles fugiram do local e a caminhonete da vítima foi abandonada em um lixão na cidade de Anástacio por Rogério. Rivelino foi o primeiro a ser preso, após a polícia desconfiar  da versão de roubo com cárcere privado e encontrar os corpos na propriedade rural.