Polícia

27/07/2017 10:38

Justiça decreta prisão de trio que assassinou musicista da Capital

Ela foi brutalmente assassinada a marteladas e ainda teve o corpo parcialmente carbonizado

27/07/2017 às 10:38 | Atualizado Anna Gomes
Reprodução Facebook

A Justiça decretou a prisão preventiva do trio suspeito de assassinar a musicista Mayara Amaral, 27 anos, que foi morta a golpes de martelo e teve o corpo parcialmente carbonizado na segunda-feira (25). O cadáver foi encontrado por peões de uma fazenda na terça-feira (25), na saída para Rochedo, na região do Inferninho.

Os suspeitos foram identificados como Luis Alberto Barbosa Bastos, 29 anos, Ronaldo da Silva Olmedo, 30 anos, e Anderson Sanches Pereira, 31 anos. Dos três, apenas Luis, que seria o mentor do assassinato, confessou o crime.

Crime

Durante uma coletiva de imprensa realizada na tarde de ontem (26), o delegado Thiago Macedo, da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) da Vila Piratininga, disse que Luis, que também é músico, atraiu a vítima para um motel na saída de Rochedo na noite de segunda-feira (24).

"Ele conhecia a vítima e marcou um encontro com ela e Ronaldo em um motel. A vítima foi ao local e manteve relação sexual com os dois com consentimento e só depois foi morta com golpes de martelo na cabeça", explicou. Ainda segundo o delegado, a intenção do trio era roubar a vítima.

Luis e Ronaldo seguiram com Mayara já sem vida até a casa de Anderson. Lá, eles repartiram os bens da musicista, como telefone celular, computador, dinheiro e instrumentos musicais.

Trio suspeito de assassinar Mayara

''Para despistar a polícia, Luis pegou o celular da vítima e mandou uma mensagem para a mãe e uma amiga da Mayara, tentando incriminar um outro rapaz com quem ela mantinha um relacionamento", explicou o delegado.

Após seis a oito horas da morte da musicista, o trio levou o corpo para saída de Rochedo, onde simularam um incêndio na pastagem e também colocaram fogo no corpo da vítima, para tentar dificultar a identificação.

Ainda de acordo com o delegado, um primeiro suspeito chegou a ser detido, mas ficou comprovado que ele não tinha nenhum envolvimento com o crime. "Durante as investigações, rastreamos o celular da vítima com um aplicativo e acabamos chegando até o Luis. Na casa dele, encontramos objetos pessoais da vítima, inclusive as roupas que ela usava no dia crime, que estavam sujas de sangue", detalhou.

Ronaldo e Anderson foram presos horas depois com o carro da vítima, um VW Gol.

Para o delegado, ficou claro que eles planejaram o crime com a intenção de roubar a vítima, mesmo que para isso eles tivessem que matá-la. O trio responderá por latrocínio (roubo seguido de morte) e ocultação de cadáver.