Saúde

há 6 anos

No universo da bipolaridade, autoaceitação é o primeiro passo para sucesso no tratamento

Um especial para se emocionar!

29/07/2017 às 07:30 | Atualizado Vinícius Squinelo
Fotomontagem: Helton Pérez

Mais de dois milhões de casos de bipolaridade são registrados anualmente no Brasil de acordo com dados disponibilizados pela internet. Muito além de mitos e fantasias, esse transtorno mental é algo que precisa ser pensado como questão social, pois quanto mais cedo for diagnosticado e tratado, melhores e maiores são as chances de os bipolares terem uma vida de qualidade. Nesse processo, a autoaceitação é imprescindível para o sucesso do tratamento.

Informações a respeito do transtorno bipolar precisam ser cada vez mais difundidas como forma de desmistificar fantasias a respeito desse tema, muitas vezes tão polêmico e delicado. Visando dirimir preconceitos, o TopMídiaNews, por meio de reportagem especial do jornalista João Humberto, preparou o especial “Desculpe o transtorno, sou bipolar”, que, de forma coesa, explica um pouco mais sobre a bipolaridade através de histórias de autoaceitação de pacientes diagnosticados e opiniões de profissionais da saúde. 

O leitor vai se deparar com as histórias do agente comunitário de saúde Wilfrido Vilaplana Menezes Junior, 31 anos, diagnosticado em 2015 com transtorno bipolar, e da empresária aposentada Irene Margarida Lajos Kemp, 75 anos, diagnosticada com bipolaridade aos 47. São pessoas que, do diagnóstico ao tratamento, tiveram que aceitar essa condição para viverem tranquilamente. O apoio da família foi fundamental nesse processo.

Formado em Medicina pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), o psiquiatra Adriano Bernardi, 39 anos, informa que, para um diagnóstico preciso, é necessário que seja avaliada a história do paciente como um todo. “Vários vieses têm de ser avaliados. Houve reviravolta na vida daquela pessoa? É alguém tranquilo, mas que de repente virou um furacão, querendo ser empreendedor, impulsivo, brigando com todo mundo?”, questiona.

Já a psicóloga Carolina Valdes, 31 anos, ressalta que a doença mental não é uma doença física e por isso vem à tona por meio de surto ou algum problema grave. A partir daí, a recomendação é que a pessoa busque ajuda psiquiátrica ou psicoterapia e assim inicie o tratamento. Em processo terapêutico, por exemplo, caso o psicólogo perceba comportamento estranho no paciente, logo deve encaminhá-lo para um médico psiquiatra, conforme explica.

O especial “Desculpe o transtorno, sou bipolar” também conta com a parceria dos produtores audiovisuais Helton Pérez e Hana Chaves nas fotos, vídeos e edição final.

Confira o especial clicando  aqui (https://materiasespeciais.wixsite.com/desculpeotranstorno).