Cidades

11/02/2014 08:19

Municípios não honram contrapartida e podem perder Mais Médicos

Fiscalização

11/02/2014 às 08:19 | Atualizado Dirceu Martins
Foto: Reprodução

O governo federal parece ter descoberto, finalmente, que a ausência de médicos em muitas regiões do país não é o descaso desses profissionais para com a saúde da população, mas os constantes calotes dados pelos municípios no momento do pagamento dos seus honorários.

Após o midiático lançamento do "Programa Mais Médicos"', inclusive com a importação dessa mão de obra, alguns dos  municípios inscritos no programa não têm cumprido a parte que lhes cabe no acordo. Com a revelação dos médicos cubanos, de que não recebiam a ajuda de custo prevista no programa, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que determinou uma operação "pente-fino" para averiguar as administrações que não cumprem as contrapartidas.

Até agora o governo federal notificou 37 prefeituras acusadas de irregularidades, dessas, 27 regularizaram a situação e uma, a de Ceará-Mirim (CE) foi desligada do programa.

Repetindo problemas - Sem tirar o mérito do programa, a questão de oferecer atendimento médico em diversos rincões do país esbarra mais na irresponsabilidade dos administradores que não honram o pagamento dos honorários desses profissionais, além de não oferecerem mínimas condições.

Com o pagamento dos salários assumido pelo governo federal, algumas das administrações sequer cumprem com sua mínima contrapartida. Muitas delas não oferecem o mínimo: uma sala de atendimento em condições de atender para consulta os pacientes.

Talvez a própria mídia esteja focando mais no caso de 2 médicos cubanos que abandonaram o Programa por questões políticas da Ilha dos Castro, e menos nas falhas estruturais de mais um programa que antes de ter cunho social, quer amealhar os votos perdidos pelos desencontros de gestão.