Cidades

14/08/2017 17:00

Com direito a ex-vereadora no ônibus, campanha contra abuso no transporte coletivo é lançada

Informes serão fixados dentro dos ônibus e nos terminais de transbordo de Campo Grande

14/08/2017 às 17:00 | Atualizado Rodson Willyams
Repórter Top

'O transporte é público, mas o corpo da mulher não'. Esse foi o recado transmitido pela titular da Subsecretaria Municipal de Políticas Públicas para a Mulher, Carla Stephanini. Ela lançou nesta segunda-feira (14) a campanha para evitar o abuso sexual dentro de coletivos de Campo Grande.

A Lei, aprovada pela Câmara Municipal em 2015, é de autoria da própria subsecretária, que era vereadora pelo PMDB. A legislação foi criada para combater o assédio às mulheres dentro do transporte coletivo.

Durante a elaboração da Lei, Carla disse nas visitas feitas aos terminais de transbordo, muitas mulheres confirmavam o abuso dentro dos coletivos. "As situações de abuso sempre ocorrem dentro dos coletivos e elas nos confirmavam isso. Por isso, a importância dos casos serem denunciados", disse Stephanini.

Além disso, a campanha veio ao encontro com a comemoração dos 11 anos da Lei Maria da Penha, e do Agosto Lilás.

Casa de Mulher Brasileira

Para a coordenadora geral do Governo Federal na Casa da Mulher Brasileira, Tai Loschi, relacionados aos casos da Lei Maria da Penha, foram registrados até o momento 6.515 atendimentos. Para ela, o lançamento da campanha  ajuda nos casos denunciados na Casa da Mulher Brasileira.

Tai explicou que no caso de mulheres que são assediadas dentro dos coletivos da Capital, a orientação é que as mulheres informem pessoas próximas e o motorista do ônibus. "Todos os motoristas são orientados a irem imediatamente para uma delegacia mais próximo ou ir direto à Casa da Mulher Brasileira".

A coordenadora ainda lembrou que os abusos às mulheres ocorrem dentro dos coletivos lotados. "Alguns chegam até a colocar as mãos nos glúteos das mulheres".

Por fim, Tai ainda informou que a Casa da Mulher Brasileira tem monitorado os assediadores que agem principalmente noTerminal Bandeirantes e na região do Aero Rancho e Jardim Carioca. "Isso é crime e é preciso denunciar".