21/10/2013 14:35
Consórcio composto por cinco refinarias vence concessão para explorar o Campo de Libra
Plataforma de petróleo
Nesta segunda-feira (21), o grupo vencedor em comandar a concessão para exploração de petróleo e gás no Campo de Livra, no Pré-sal da bacia de Santos foi o consórcio formado pelas empresas chinesas CNPC e CNOOC, a anglo-holandesa Shell, a francesa Total e a brasileira Petrobras. O grupo ofertou para a União a parcela mínima de 41,65% do óleo a ser produzido no local.
O grupo foi o único a oferecer proposta no certame, apesar que 11 empresas se inscreveram para participar da competição. No entanto, a Repsol e a Petronas já tinham informado que ficariam de fora. Cabe destacar que a CNPC, CNOOC e Petrobras possuem 10% do grupo cada uma, enquanto Shell e total tem 20% cada. Os 30% restantes também cabem à Petrobras que entra como operadora do consórcio.
Libra foi a primeira área no Brasil licitada sob regime de partilha de produção. Nesse modelo, a propriedade do óleo extraído é exclusiva da União. O consórcio vencedor vai trabalhar para produzir no bloco e, como pagamento, recebe uma parcela do petróleo extraído. Se tivesse havido competição, o percentual de óleo oferecido para a União teria sido a única variável para decidir o vencedor. O valor do bônus de assinatura é fixo, em R$ 15 bilhões, e não interfere no resultado.
O pico da produção estimado para o Campo de Libra será de 1,4 milhão de barris de petróleo por dia, em dez ou 15 anos, de acordo com a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard. Quanto mais cedo o consórcio vencedor da área conseguir colocar a área em produção, mas cedo ele terá retorno dos seus investimentos. Entretanto, o desenvolvimento da área depende da capacidade da indústria de serviços do setor, ainda pequena para a demanda que virá.
Mesmo projetando um volume menor, o campo é disparado o de maior tamanho descoberto no mundo desde 2008.