Encher o tanque do carro até a boca é uma das principais irregularidades flagradas por fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego, em postos de combustíveis da Capital. Dez empresas já foram vistoriadas pelas autoridades , e um dos focos do trabalho é evitar a exposição do frentista a produtos nocivos à saúde, como o benzeno.

Conforme o chefe do departamento de fiscalização do MTE-MS, a prática de abastecer o tanque de forma visual, até quase derramar, aumenta o contato do profissional com o combustível.

Outro procedimento errado, também bastante flagrado nos postos, é o frentista usar um pano ou estopa para limpar gotículas de combustível que caem próximo ao tanque.

''Caso aconteça um vazamento, o ideal é usar um papel toalha e depois dar um descarte correto a ele'', explica o servidor público.

Além disso, os fiscais do ministério vistoriam se os frentistas realizam exames médicos com frequência, conforme prevê a legislação. Entre os exames estão o hemograma, taxa de plaquetas e de urina para indicadores biológicos.

Além das bombas de combustível, os serviços de lava jato também passam por vistoria, já que o trabalho envolve produtos químicos e umidade, igualmente nocivos à saúde humana.

''Embora seja pequeno, um posto de combustível  é um ambiente complexo, com riscos de acidentes'', analisa Kleber.

Conscientização

Antes das vistorias surpresa, o ministério encaminha via correio, uma lista de todas as normas de segurança e outras exigências para o bom funcionamento de um comércio de derivados de petróleo. A partir daí, explica Kleber, o posto está passível de fiscalização e das punições previstas em lei.

''Este ano já fizemos dez fiscalizações em Dourados, dez em Campo Grande, queremos fazer muito mais até o final do ano'', planejou o fiscal.

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