Política

17/09/2017 07:25

CPI da JBS no MS e no Congresso vão assinar termo de cooperação de informações

Relator da CPI no Congresso, Carlos Marun, irá se reunir com integrantes da CPI na Assembleia Legislativa

17/09/2017 às 07:25 | Atualizado Airton Raes
Wagner Guimarães

O presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Irregularidades Fiscais e Tributárias, deputado estadual Paulo Corrêa (PR), informou que será feito um termo de cooperação com a CPI da JBS do Congresso Federal, que tem como relator o deputado federal Carlos Marun (PMDB).

No Congresso, a investigação vai apurar supostas irregularidades em empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ao grupo J&F – que controla a JBS.

“A nossa CPI já avançou em 70%. Queremos contribuir enviando os documentos que já levantamos para ajudar a Comissão da JBS no Congresso. Vai ajudar a mostrar a verdade sobre o grupo JBS”, disse Corrêa.

Marun irá se reunir com os integrantes da CPI na próxima segunda-feira, 18 de setembro, na Assembleia Legislativa, para acertar os detalhes sobre o acordo de cooperação entre o legislativo estadual e federal. Ele afirmou que o acordo irá beneficiar as duas comissões. “Será uma troca. Pedi que repassem documentos e as informações que a CPI da JBS levantar sobre Mato Grosso do Sul, vamos enviar para a Assembleia”, disse Marun.

Para Paulo Corrêa, é importante que a CPI da JBS Nacional tenha conhecimento do que aconteceu em Mato Grosso do Sul. “Eles criaram seis mil empregos, mas a que custo? Criaram um verdadeiro propinoduto. O custo muito alto por esses seis mil empregos”, disse.

A comissão da Assembleia Legislativa encontrou irregularidades no cumprimento dos TAREs (Termos de Ajustamento de Regime Especial) firmados entre a JBS e o governo do Estado. O relatório final pode solicitar o ressarcimento entre R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão referentes a irregularidades da JBS.