Política

09/10/2017 18:30

Para cobrir rombo, Governo vai propor que servidores contribuam mais com previdência

Segundo secretários, ação pode impedir colapso nas próximas décadas

09/10/2017 às 18:30 | Atualizado Liziane Berrocal e Rodson Willyams
Wesley Ortiz

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) confirmou que após o feriado voltará a discutir a questão da previdência dos servidores do Estado. Ele quer aumentar o valor descontado dos salários dos servidores. Atualmente a alíquota descontada é de 11% do servidor e 21% patronal.

“Não temos índices e vamos começar o estudo a partir do feriado, junto com os órgãos de fiscalização e os sindicados. O objetivo é que o projeto seja encaminhado para a Assembleia Legislativa até o final de outubro”, garantiu.

Azambuja pontuou que o aumento maior será o patronal. “Mas claro que deverá incidir também uma menor parte para os servidores. Apesar da União ainda não legislar sobre isso, nós vamos tentar mexer com normas infraconstitucionais, o que cabe ao Estado”.

O argumento é que o déficit de pagamento está em torno de R$ 1,2 bilhão.

“É a diferença entre o que recebemos e o que pagamos. Hoje temos 23 mil aposentados e pensionistas e temos que equilibrar os valores para que não se torne um problema para o estado em médio e longo prazo, e não colocar Mato Grosso do Sul no rol daqueles estados que não consegue nem suprir a folha de pagamento”.

O governador ainda ressaltou que a ídeia também é 'cortar provilégios'. "Mas não vamos cortar direitos adquiridos dos servidores", finalizou. 

O secretário Eduardo Riedel, da Gestão Estratégica de Governo, afirmou que estes é um dos principais gargalos do Estado. “É um dos principais desafios que temos até o final da gestão e por isso vamos fazer os estudos para chegar num valor equilibrado”.

Jaime Verruck que também participou da coletiva explicou em números o que acontece no Estado. Segundo ele, hoje a população de MS está em 2,7 milhões de habitantes e o foco do Governo do Estado é um trabalho para que a previdência estatal não quebre nas próximas décadas.