Interior

21/10/2017 10:48

MPT/MS envia macacões para catadores de iscas e caranguejos do Porto da Manga

A comunidade do Porto da Manga foi contemplada com macacões emborrachados e impermeáveis

21/10/2017 às 10:48 | Atualizado Dany Nascimento
Divulgação

Uma ação social do Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul (MPT/MS) levou segurança e proteção para aqueles que têm catação de iscas e caranguejos como  principal atividade geradora de renda. A comunidade do Porto da Manga, região localizada na margem esquerda do Rio Paraguai , a 60 Km do município de Corumbá, foi contemplada com macacões emborrachados e impermeáveis.

Eliene Garcia da Costa Soares, comemora a chegada dos macacões, pois  foi foi atingida pelo aguilhão de uma arraia enquanto coletava iscas. “Continuamos expostos aos ataques, porque o trabalho é noturno e a região perigosa, mas a bota do macacão pode amortecer a ferroada. O veneno de uma arraia provoca muita dor”.

Assim como Eliene, o pescador Nélio de Souza Pinto, vítima de ataques de cobra e jacaré, elogiou a preocupação do MPT/MS com a segurança dos ribeirinhos por meio da entrega de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). “Usamos tênis apenas para chegar ao rio e lá tiramos para fazer a captura de iscas e de caranguejos. Com o macacão, certamente estaremos mais protegidos. Espero que ações como essa permaneçam”.

As condições de trabalho a que são submetidos os catadores de iscas são precárias, pois desempenham essa atividade sem nenhum tipo de equipamento de proteção, permanecendo sujeitos a ataque de animais. Outro grave problema é o alto índice de doenças dermatológicas e, nas mulheres, de doenças ginecológicas, devido ao contato direto e prolongado com a água suja dos banhados e dos corixos.

A entrega dos EPIs foi coordenada pela procuradora do Trabalho Rosimara Delmoura Caldeira, que destacou a importância da aproximação com comunidades geograficamente isoladas. “Os valores utilizados na compra desses macacões decorrem de multa aplicada a uma empresa por descumprimento da legislação trabalhista. Essa visita também nos permitiu constatar que há muitos trabalhadores que ainda necessitam de equipamentos, ou seja, haverá outras oportunidades de retorno para a continuidade dessa ação social”.