Conhecida por defender o parto humanizado no Brasil, a doula Ana Cristina Duarte desembarca em dezembro na Capital para ministrar o primeiro curso de doulas do Gama. O curso será realizado de 15 a 18 de dezembro, com atividades e aulas para aqueles que desejam trabalhar ou até mesmo ganhar novos conhecimentos sobre o trabalho realizado por uma doula.

De acordo com a coordenação do evento, o curso oferece experiências para enfermeiras obstetras, fisioterapeutas e psicólogas que já atuam na assistência. Gostou da notícia e não quer perder essa oportunidade? Acesse o maternidade ativa (www.maternidadeativa.com.br/doulascg) e faça sua inscrição agora mesmo.

A palestrante é obstetriz formada pela USP, Universidade de São Paulo e destaca que ganhou um rico aprendizado após ser mãe. Ela já atendeu mais de 500 partos como doula.

“Antes de ser obstetriz, eu fui doula. Antes de ser doula fui mãe. Antes de ser mãe fui comerciante. E antes de comerciante, bióloga. Antes de bióloga acho que não me considerei gente. Ser mãe me ensinou muito, depois de errar demais. Ser doula é o que me ensinou obstetrícia. Eu acho que 90% do que eu aprendi sobre como acompanhar um parto fisiológico aconteceu enquanto trabalhei como doula atendendo a mais de 500 partos num período de oito anos. Quando entrei em obstetrícia na USP, eu já sabia o que era um parto natural, o que era "partejar" um parto fisiológico. Quando me formei, eu estava craque em perceber as nuances do trabalho de parto sem precisar sequer fazer um exame de toque”.

 Ana, que já esteve em Campo Grande como visitante afirma que está se preparando para viver uma nova experiência, já que encara em dezembro, seu primeiro curso completo.  “Eu resolvi visitar essa função com integralidade, assumindo uma turma de novas profissionais do começo ao fim, por todos os dias, passando por todos os temas da formação, numa das cidades mais charmosas que eu já visitei no Brasil, Campo Grande. Vai ser uma experiência nova para mim, porque nunca conduzi um curso completo, sempre dei aulas isoladas, mas acredito que essa é uma forma bastante intensa e visceral de estar com mulheres, de conhecê-las de verdade e de entender a turma delas como um organismo completo, com suas necessidades específicas, brilho próprio, condução exclusiva”.