Polícia

08/01/2018 11:00

Corretora tinha medo por causa de herança e amigas têm receio de comentar morte

Ana Paula de Souza foi executada com dois tiros na noite de ontem no bairro Moreninha II

08/01/2018 às 11:00 | Atualizado Liziane Berrocal
Reprodução/Facebook

Entre os amigos da corretora Ana Paula de Souza, 37 anos, o clima é de receio com o assassinato dela. Segundo as informações de uma amiga próxima da vítima, ela sentia medo por causa da herança que tinha para receber.

“A gente não quer se envolver, mas é complicado ver alguém morrer assim”, contou a amiga. Segundo ela, Ana Paula pouco comentava. “Ela era mais reservada, não tinha muitas reclamações, mas víamos o medo nela”, disse.

Entre os amigos, o pedido é de não se identificar. “Todo mundo tem medo, quem mata alguém assim? Na frente da própria mãe?”, questiona.

Nas redes sociais de Ana Paula, as mensagens de pêsames e consternação. “Mas ninguém quer comentar mesmo, o receio é grande, parece que era muito dinheiro”, diz outra amiga que deixou uma mensagem para a vítima.

“Não quero aparecer, ela me contava só que tinha sim uma briga pela herança do marido dela que faleceu, mas não coloca meu nome, por favor”, pediu.

O crime

Ana Paula de Souza, 37 anos, foi executada com dois tiros na noite de ontem (7), dentro de uma residência na rua Barreiras, no bairro Moreninha II, em Campo Grande.

Testemunhas informaram que Ana Paula tinha uma briga com a família do ex-marido falecido, devido a uma herança milionária. Além disso, a vítima também possuía desentendimentos com os familiares do marido pela guarda do filho de 13 anos, que atualmente mora com o tio paterno.

Ana Paula estava na residência acompanhada da mãe, uma idosa, quando foi chamada pelo nome no portão da casa. Ao chegar à frente, ela foi atingida por dois disparos de arma de fogo, um nas nádegas e outro transfixou a cabeça da mulher, que não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e constatou o óbito. A mãe de Ana Paula não soube identificar o autor, alegando que conseguiu ver apenas que era um homem.