Campo Grande

15/02/2018 07:00

Ilegal: casas da Emha são comercializadas livremente na internet

Casa popular é oferecida a R$ 40 mil no Portal Caiobá; Imóveis podem ser confiscados pela prefeitura

15/02/2018 às 07:00 | Atualizado Thiago de Souza
Geovanni Gomes/Arquivo

Ainda é comum ver anúncios de venda de casas populares na internet. O TopMidiaNews entrou em contato com uma vendedora, que ofertou um imóvel na Vila Fernanda a R$ 40 mil. Como justificativa, a mulher disse que 'muita gente faz isso'.

Conforme a publicação, em um site de compras conhecido nacionalmente, o imóvel é forrado, tem dois quartos, azulejo, portão de elevação e está no asfalto.

A anunciante diz que o imóvel já está no segundo dono e que teria o contato do proprietário contemplado pela Emha. Ela justifica que o imóvel 'já dá quitação', ou seja, que já pode ser vendido. No entanto, conforme o anúncio, o comprador vai arcar com parcelas de R$ 52,00. Segundo ela, para a Emha. Neste caso, a vendedora aceita carro de menor valor na negociação.

A vendedora ficou irritada ao saber que a suposta oferta vinha de um site de notícias. ''É contrato de gaveta moço, você vai ficar fazendo pesquisa comigo?'', reclamou.

Denúncias de leitores dão conta de outros imóveis oferecidos em outros residenciais populares, como na Vila João Amorim.

No entanto, segundo as empresas municipal e estadual de habitação, os imóveis foram destinados à população carente e a venda é proibida. Desde 2017, a Emha vistoria imóveis suspeitos de estarem desocupados ou vendidos. Apesar da fiscalização, as ofertas continuam.

Casa popular é oferecida por R$ 40 mil na intenet - Foto: Reprodução/OLX

Conforme a Emha, o déficit de moradias na Capital supera 40 mil casas. Segundo a Agência, quem tiver vendido ou alugado a casa será notificado para, em cinco dias, entregar as chaves e deixar o imóvel. Se o morador não obedecer à ordem, a Caixa entrará com uma ação de reintegração de posse.