Política

23/02/2018 10:59

Na Capital, Marun reconhece fracasso em tentativa de aprovar reforma da Previdência

Ministro destacou que reforma será um dos principais temas da campanha eleitoral

23/02/2018 às 10:59 | Atualizado Airton Raes e Liziane Berrocal
Liziane Berrocal

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, reconheceu como fracasso político e pessoal a retirada do projeto sobre a reforma da Previdência. “É uma derrota não conseguir a aprovação da reforma. Representa sim um fracasso. Eu me sinto fracassado, eu não nego. Sinto que fracassamos na meta e não fiquei feliz com a suspensão da reforma da Previdência”, afirmou durante coletiva em Campo Grande.

Marun disse que o governo não conseguiu os votos necessários para aprovar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. “O que vocês queriam? Mesmo não tendo os votos, que ficássemos trabalhando o ano todo em cima da reforma da Previdência?”, ressaltou. 

Carlos Marun assumiu também que a intervenção militar no Rio de Janeiro mudou o foco da pauta sobre a reforma. “Mudou o foco sim. Mas temos que ver que o Rio precisava de uma ação necessária, rápida e firme. E não dava para manter as duas pautas. Juridicamente impossível e quem acha que a intervenção não e necessária pergunte a alguém que perdeu um filho por bala perdida”, afirmou.

O ministro destacou que a reforma da Previdência será um dos principais temas da campanha eleitoral para a presidência da República deste ano. “A reforma vai para o palanque. Ela sai do Congresso e será discutida nas próximas eleições. Se é essa a melhor solução, quem sabe se o melhor ambiente para isso seja a própria eleição”, completou. Marun ainda explicando que a reforma da Previdência depende do resultado das eleições e deve ocorrer no próximo governo.

Carlos Marun afirmou que a população não pode acreditar em notícias falsas ou mentiras. “Quem vier se eleger dizendo que a reforma não é necessária, que não existe déficit e é possível tornar uma Previdência menos desigual e que não inviabilize o país estará mentindo para a população”, disse.

O ministro voltou a dizer que a reforma é necessária e que vai ocorrer futuramente de uma forma mais prejudicial para a população brasileira. “A reforma vai acontecer em uma hora que as soluções serão mais abruptas e precisarão de maiores sacrifícios”, completou.