07/03/2014 10:11
Criança de oito anos chega morta ao hospital, após Samu negar atendimento
Trágedia
Um menino de 8 anos, morreu na manhã desta sexta-feira (7), a caminho da Unidade Básica de Saúde (UBS), do Bairro Tiradentes, em Campo Grande. Heber Caio, morava no Bairro Vivendas do Parque, quando foi levado pela mãe e o tio, por volta das 6 horas, mas no meio do caminho não resistiu e faleceu no colo da mãe.
Heber, na terça-feira (4), estava brincando com os primos quando lesionou o joelho esquerdo, que ficou inchado, e para diminuir a dor foi medicado pela própria mãe (que não foi identificada). Em decorrência disso o menino tomou um torsilax, que ocasionou uma alergia deixando o corpo repleto de manchas e debilitando mais seu estado.
Segundo relatou o pai, Robson Silva Ribeiro, que trabalha como segurança, recebeu a ligação da esposa no decorrer da madrugada, dizendo que o menino não estava passando bem, que estava suando frio. "Era por volta das 4h da manhã, eu estava no serviço, tentei acalmar ela. Pedi que ela ligasse para o Samu", comenta.
Desesperada por ver o filho semi morto, a mãe entrou em contato com a base Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), na ligação ela passou todas as informações sobre o estado do garoto, mas a atendente disse que o socorro nesses casos não seria o suficiente pois ele não estava em estado grave. "Quero saber qual o critério para o atendimento deles. Talvez se eles estivessem atendido meu filho, ele poderia ter uma chance de estar vivo agora", lamenta o pai.
Diante disso a mulher e o tio começaram a bater de porta em porta, quando um vizinho colocou a criança no carro a levou para o Centro de Saúde 24 horas do bairro Tiradentes. “Ele já chegou morto na unidade”, contou.
No posto de saúde a equipe foi mobilizados para atender a criança, uma senhora que estava aguardando atendimento e não quis se identificar, viu na hora em que o menino chegou nos braços do tio. "Ele estava desmaiado. A equipe do posto foi toda para dentro da sala de urgência com ele. Pelo desespero da mãe já se notava que ela sabia, que ele estava morto", comenta.
O que mais deixou a família revoltada foi a objeção pelo atendimento do Samu, a equipe do TopMídiaNews entrou em contato, mas qualquer informação só será repassada através da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), que até o momento ainda não se pronunciou.
A família de Heber foi à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Piratininga (Depac) e registrou um boletim de ocorrência sobre o descaso que levou a morte do seu filho.