17/03/2018 13:30
Construção de residencial da Emha atormenta moradora do bairro Tarumã
A população teme que o muro do novo condomínio deixe moradores ilhados na rua Zona Sul
O que parecia ser a solução de um problema antigo, se transformou no mais novo pesadelo para os moradores do bairro Tarumã, em Campo Grande. Máquinas começaram a ser estacionadas em uma área pública entre a Avenida Marginal Lagoa e a Rua Zona Sul e os moradores comemoraram achando que a pavimentação estava chegando no bairro, mas a alegria durou pouco.
De acordo com Sônia Regina Ferreira, 40 anos, que reside na região há 38 anos, ao questionarem os técnicos responsáveis pelas máquinas, a população foi informada de que um residencial da Emha (Agência Municipal de Habitação) será construído na região.
“Todo mundo feliz achando que era asfalto e não era nada disso. Eles disseram que será condomínio da Emha, ou seja, o sonho de ver as ruas do bairro Tarumã asfaltado nunca chegará. Acho que eu vou morrer e não vou ver as ruas do meu bairro com asfalto, vou ver apenas a terra mesmo. As linhas de ônibus são asfaltadas e só”, diz a moradora.
Mas o que Sônia mais teme, é que a situação se agrave em dias chuvosos após a construção do novo condomínio. “Eu acho que vai ficar pior, vão construir um muro aqui na frente da minha casa, porque a entrada será na Avenida, então quando chover, tudo vai piorar. A água já alaga minha casa, já invade a minha casa, agora com pouca chuva isso vai acontecer porque não vai ter por onde a água escoar”.
Desesperada, Sônia destaca que a prefeitura oferece mais moradias, mas não pensa nos moradores antigos da região. “Eles pensam em dar casa nova, mas e a gente como fica aqui? Minha vontade é quebrar o muro que ainda nem foi construído, de medo que eu tenho de perder as minhas coisas por uma irresponsabilidade da prefeitura. Aqui vira um rio, ninguém passa, com o muro aqui, a situação fica pior. O pessoal falou que no projeto, aqui tem um muro que será construído e pronto, estou com medo, depois que isso for construído eu tenho certeza que minha situação vai piorar”.
O TopMídiaNews entrou em contato com a prefeitura da Capital, mas até o fechamento desta matéria, nenhuma resposta foi encaminhada.