A LBR  Lácteos Brasil, que recebeu leite cru adulterado em sua fábrica de Tapejara (RS), informou por meio de nota oficial enviada na última sexta-feira (14), que tomou conhecimento em 25 de fevereiro passado da “possível contaminação na matéria-prima (leite) de um fornecedor, que fora recolhida pelo Ministério da Agricultura em 10 de fevereiro de 2014 nas dependências deste fornecedor”.

De acordo nota enviada à imprensa, a LBR, “assim que tomou conhecimento da possível contaminação na matéria-prima, utilizada na fabricação de seus produtos, decidiu como medida preventiva, mesmo sem ter identificado anormalidades nos sucessivos testes realizados, recolher os lotes de leite UHT do mercado”.

Ainda segundo a empresa, a matéria-prima entregue na unidade de Tapejara (RS), “depois de ser aprovada em todos os testes de qualidade previstos na legislação, foi enviada para processamento nas unidades de Lobato (PR) e Guaratinguetá (SP)”. Nessas unidades, segundo a LBR, o leite cru foi novamente submetido “aos testes exigidos pela legislação sem a detecção de qualquer anormalidade”. Então, a matéria-prima foi utilizada na fabricação de leite UHT, nas 24 horas após o seu recebimento. O leite foi envasado com as marcas Parmalat e Líder.

Sempre segundo a LBR, “todos os produtos expedidos passaram novamente pelos mesmos testes, conforme o procedimento interno da empresa de dupla checagem para a garantia total dos produtos”. Com o recebimento no dia 28 de fevereiro de ordem recolhimento cautelar do leite UHT fabricado em Lobato (PR), a LBR decidiu como medida preventiva, mesmo sem ter identificado anormalidades nos testes, recolher do mercado os lotes desse leite UHT que também foi enviado para a análise oficial do Ministério da Agricultura, conforme a empresa.

Além disso, informa a LBR, “preventivamente, enviou amostras do mesmo lote ao Laboratório Credenciado do MAPA para análises externas, que atestaram a qualidade do produto, validando todos os testes internos”. Segundo a companhia, os lotes estavam distribuídos em cidades do Paraná. Nesse caso, a coleta das amostras pelo MAPA ocorreu apenas no dia 13 de março.

No caso da fábrica de Guaratinguetá (SP), informa a LBR em nota, o Ministério da Agricultura, por solicitação da empresa, recolheu amostras do leite UHT produzido e procedeu a realização de análises, que resultaram negativas para a presença da substância formaldeído. Assim, segundo a LBR, o lote de produtos estava apto para o consumo. Mesmo assim, ao receber a ordem de recolhimento cautelar do Ministério da Agricultura no dia 11 de março de 2014, a empresa também recolheu o produto do produto do mercado.