Polícia

09/08/2018 12:18

Jovem foi identificado por grupo de whatsApp e atraído por trio antes de ser executado

A vítima foi levada até um barraco abandonado onde acabou sendo torturada e morta

09/08/2018 às 12:18 | Atualizado Redação
Osvaldo Duarte

Douglas Sarat de Moraes, 18, foi atraído por três pessoas antes de ser executado dentro de um barraco localizado no bairro Estrela Vera. As informações são do delegado do SIG (Setor de Investigações Gerais), Rodolfo Daltro, que apresentou os autores do assassinato do rapaz na manhã desta quinta-feira (9), em Dourados.

Luiz Henrique de Paula, 20, o ‘abacaxi’, acabou detido por força de mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça na quarta-feira (8/8), enquanto Alisson Borges de Brito, 25, o ‘quati’, está no 1º Distrito Policial desde a segunda-feira, quando policiais o prenderam dentro da Operação Égide. Ele também tem ligação com o duplo homicídio ocorrido na Comunidade Ouro Fino, na região da Sitioca Campo Belo em 17 de julho.

De acordo com Rodolfo Daltro, a morte de Douglas está mesmo ligada ao ‘tribunal do crime’, por conta das guerras entre as facções criminosas. Apesar disso, a vítima não teria passagem pela polícia ou envolvimento real com o Comando Vermelho.

“Ele foi identificado por uma infelicidade postada em grupo de whatsapp fazendo apologia a essa facção, mas não era batizado”, contou.

Ainda conforme relatado, no dia do crime, Alisson, Luiz Henrique e um adolescente – que já foi apreendido e encaminhado à Unei (Unidade Educacional de Internação) Laranja Doce – atraíram o jovem até encontro e posteriormente amarraram suas mãos.

Douglas foi levado até um barraco abandonado e torturado. Antes de ser executado com um tiro na cabeça, ele ainda gravou um vídeo enfatizando o motivo de seu assassinato e alertando o ‘Comando’ sobre a presença do PCC (Primeiro Comando da Capital) na cidade.

O corpo do rapaz foi deixado em uma estrada que liga o Estrela Vera ao Jardim Guaicurus, região Sul de Dourados e encontrado por populares na manhã do dia 29 de julho.

No local onde ocorreu o crime, os autores queimaram o sofá a qual o jovem foi filmado e limparam todo o barraco.