29/03/2014 15:05
Doença rara de Timóteo comove população e campanha de doação de medula supera expectativas
Solidariedade
"Esse bebê esta sendo usado por Deus para propagar mais amor, não só aqui em Campo Grande, como no mundo", destacou o voluntário da "Campanha Amigos do Timóteo: doação de medula na IBCA (Igreja Batista do Coronel Antonino)", o empresário Roberto Pereira de Jesus, 52 anos.
Ele é uma das cem pessoas que se mobilizaram em parceria com o Hemosul de Campo Grande para cadastrar doadores nesta tarde de sábado (29), na Igreja Batista, que fica na Rua Santo Ângelo, 169, próximo ao Terminal General Osório, no bairro Coronel Antonino, na Capital.
Uma prova da repercussão da campanha é a presença da aposentada Maria Helena Rocha de França, 53 anos. Ela estava só de passagem por Campo Grande e fez questão de participar. "Apesar de ser de Colombo, no Paraná, e estar aqui apenas para visitar uns amigos de infância, quando eu fiquei sabendo da história e vi a foto dele, não tive dúvidas. Na verdade, sempre tive vontade de doar", contou animada.
História
O pai Diego Recena Aydos, contou que Timóteo, de quase dois meses, foi diagnosticado com 30 dias com uma rara doença no sangue, chamada Linfo-histiocitose hemofagocítica. No momento, como seu quadro estabilizou ele está em casa. Mas, na segunda-feira (31), o bebê irá fazer exames e no dia seguinte retorna às sessões de quimioterapia, enquanto aguarda o transplante que deverá salvar sua vida.
Igreja Batista do Coronel Antonino
A fila de carros e a aglomeração anunciam o local em que a solidariedade impera. "Eu vim porque conheço as pessoas da igreja. Mas acho que é muito importante, não custa nada ser um doador. E se fosse um parente meu que estivesse nessa situação? Saber que posso ajudar é magnífico", disse a acadêmica de Engenharia civil, Débora de Oliveira, 18 anos.
Centenas de voluntários, três funcionários do Hemosul, familiares e amigos estão organizando tudo, fazem as pessoas preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue com 5 a 10ml para testes.
Os testes determinarão as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente. "Temos que ser solidários, ajudar o próximo. Quem sabe, não salvamos uma vida?", disse o Engenheiro Agrônomo, 41 anos, ao ser questionado o porquê resolveu se tornar doador de medula.
O pai está confiante em um resultado satisfatório. "Ficamos muito feliz de ver a solidariedade das pessoas, em querer fazer o bem. Esperamos encontrar um doador não só para ele, como também para outras pessoas que precisam", disse.
Diego também ressalta para as pessoas não pararem de se mobilizar e continuarem doando na Santa Casa, Hospital Regional e Hospital Universitário. "A campanha está sendo um sucesso, a princípio, distribuímos 600 fichas, agora estamos em 700. Ainda estão chegando mais pessoas, e elas infelizmente não poderão se cadastrar hoje. Mas como a probabilidade de encontrar um doador compatível é de apenas 25%, não podemos parar", destacou esperançoso.