Polícia

24/09/2018 09:50

Assassino 'tranquilo' e família desesperada: o retrato de um júri em MS

Parentes da vítima choram e alguns precisaram se retirar da audiência; assassino não apresenta remorso

24/09/2018 às 09:50 | Atualizado 24/09/2018 às 16:34 Anna Gomes
Anna Gomes

O julgamento de Bruno Mendes de Oliveira, acusado de assassinar a ex-mulher Katiuscia Arguelho dos Santos, de 31 anos, é marcado por comoção dos familiares da vítima, na manhã desta segunda-feira (24), no Tribunal do Júri, em Campo Grande.

Katiscia foi morta no dia 22 de janeiro de 2018, após ser atingida por mais de 20 golpes de facão desferidos pelo seu ex-companheiro, com quem conviveu por dois anos.

Sem apresentar remorso, Bruno diz que assassinou a mulher após descobrir uma suposta traição da vítima.

Na contramão, familiares de Katiuscia alegam que eles já estavam separados, que inclusive autor e vítima já não moravam na mesma residência.

No dia do crime, Katiuscia teria ido até a residência onde havia morado com Bruno para conversar sobre a suposta venda de uma geladeira, mas foi morta na porta da casa, quando levava o restante de suas roupas que ainda estavam na casa, localizada no Bairro São Conrado, na Capital.

A vítima foi atingida por 18 golpes nos braços, quatro nos seios, dois no pescoço e um na região do tórax.

Emocionados, familiares da vítima choram muito durante o julgamento do réu, alguns precisaram se retirar do plenário.

A vítima deixou seis filhos, todos menores de idade.