Campo Grande

20/10/2018 11:50

Mulheres fazem ato pela democracia e contra discurso de ódio de Bolsonaro em Campo Grande

Evento é desdobramento do #EleNão e ocorre na Praça Cuiabá, às 15h

20/10/2018 às 11:50 | Atualizado 20/10/2018 às 11:18 Thiago de Souza
Ato é desdobramento do #EleNão contra Jair Bolsonaro - Divulgação

Ato chamado de ''Mulheres Pela Democracia'' está programado para ocorrer às 15 horas deste sábado (20), na Praça Cuiabá, conhecida como ''Cabeça de Boi'' em Campo Grande. O evento é um desdobramento do ato #EleNão e além de pedir por democracia combate o discurso de ódio atribuído ao candidato à presidência da República Jair Bolsonaro (PSL).

O movimento, que tem entre as organizadoras a artista Marcia Albuquerque, faz um apelo em defesa do que chama de minorias (mulheres, negros, LGBTs,  indígenas). Conforme Albuquerque, esses grupos, além dos pobres e dos deficientes, já foram alvo de declarações consideradas preconceituosas por parte do candidato.

''Iremos conscientizar as pessoas sobre a necessidade de refletir a respeito da manutenção da Democracia em nosso país e combater o candidato antidemocrático, fascista, homofóbico, misógino e que vem incitando a violência em grande escala'', explica Márcia.

Outra organizadora, a professora Natália Félix, há uma série de direitos das mulheres que correm risco com o candidato do PSL.

''Ele não acha que o direito das mulheres deve ser levado em conta, como o avanço em pautas de segurança pública como esforços para sanar os casos de feminicídio, inclusive o candidato já declarou que feminicídio não existe, o que vemos como um retrocesso'', explica.

A jornalista Bianca Bianchi conta que foi ao evento #EleNão, no dia 29 de setembro, mas ainda não pode confirmar presença no ato de hoje por conta de trabalho. No entanto, ela apoia o manifesto e acha que o momento é delicado e que as pessoas não têm a real dimensão do que pode acontecer [eleição de Bolsonaro].

''Eu nunca votei no PT e achei que nunca fosse precisar. Mas entre um governo movido pelo ódio, que aplaude torturador e que é tão corrupto quanto qualquer outro, eu fico com o governo que vai me permitir ir contra ele se eu não estiver de acordo. Eu, como mulher e como jornalista, me sinto duplamente ameaçada nos meus direitos'', desabafou Bianchi.