O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, localizado em Campo Grande, completou, nesta segunda-feira (24), o triste marco de 200 mortes registradas por complicações da covid-19.
Segundo a assessoria do hospital, o primeiro caso aconteceu em 11 de abril. Desde então, se passaram 136 dias, resultando em uma média de 1,47 morte por dia de pandemia. Se considerar os 1.298 casos confirmados, a taxa de letalidade é de 15,40%.
Dos 200 óbitos, 56% são de mulheres. “A maior faixa etária atingida vai dos 70 aos 79 anos (31%). 73% das mortes acontecem dentro dos leitos críticos. Além disso, a permanência de um paciente confirmado dentro de uma UTI tem média de 12,3 dias, enquanto em enfermarias eles ficam 9,3 dias internados. O maior tempo registrado foi de 114 dias de internação, que infelizmente terminou em óbito”, diz nota do hospital.
Comorbidades e fatores de risco para a covid-19
A hipertensão (20%) e a diabetes (19%) são as comorbidades que mais têm relação com mortes por covid-19, mas 12% dos pacientes não relataram ou não apresentavam doenças pré-existentes.
O levantamento feito pela DEPQI [Diretoria de Ensino Pesquisa e Qualidade Institucional] aponta que os 15 primeiros dias de internação são cruciais para o tratamento do paciente; 79 mortes acontecerem na primeira semana de internação e 50 na segunda semana, sendo que 23 fatalidades ocorreram nas primeiras 48 horas.
A diretora-presidente do hospital. Rosana Leite de Melo, é taxativa: “são números preocupantes e cada um dos 200 mortos tinham um nome, uma família. Não gostaríamos de apresentar esses dados à população, mas é necessário que todos saibam que estão suscetíveis a doença, e que ela mata indistintamente: Homens, mulheres, comórbidos, atletas ou sedentários. Não temos vacina ainda. Não existe medicamento que elimine o vírus. É preciso que a população se conscientize disso e não saia sem necessidade, use máscaras, pratique o isolamento e mantenha as regras de higiene. Só assim evita se contaminar ou levar a óbito um ente querido”.