“Vamos trazer as empresas que queiram se instalar em Mato Grosso do Sul com incentivos para as atividades que cada região tenha potencial, do turismo à indústria”. É isso o que diz o plano de Governo do candidato Marquinhos Trad (PSD), em documento oficial. Porém, quando Prefeito de Campo Grande, Marquinhos tirou milhões de investimento do setor industrial da maior cidade do Estado.
A informação é confirmada pela própria equipe que trabalhou com Marquinhos no Paço Municipal, em relatório publicado no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), referente aos meses de janeiro a abril deste ano. Marquinhos deixou a Prefeitura em 2 de abril, para disputar o Governo do Estado.
Conforme os dados, a verba prevista para investimentos na indústria campo-grandense era de R$ 385 milhões no começo do ano, drasticamente para R$ 80,5 milhões no final do quadrimestre, período que o então prefeito já deixara a administração municipal, porém, que cuidou por grande parte.
Agora candidato, Marquinhos promete, em discurso e documentos, explorar o potencial industrial de Mato Grosso do Sul.
SEM DINHEIRO
E não só a indústria sofreu com cortes no fim da gestão de Marquinhos Trad à frente da Prefeitura de Campo Grande. Setores essenciais como saneamento e energia não tiveram nenhum recurso alocado pelo município até abril de 2022.
Os dados são encontrados no ‘relatório resumido da execução orçamentária / demonstrativo da execução das despesas por função’.
SILÊNCIO
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do candidato com as perguntas abaixo elencadas. Até o momento não obteve retorno
- em consulta ao balanço municipal (publicado em diário oficial) consta que a gestão do ex-prefeito tirou 300 mil reais da assistência social entre o fim do ano e o primeiro quadrimestre. Qual posição sobre isso?
- no mesmo balanço consta que o investimento em alguns setores no começo deste ano (indústria e reforma agrária, por exemplo) foi de exato 0 real. Qual a importância dada a tais setores pelo candidato no atual plano de trabalho ao governo? (lembrando, dados constam em relatório financeiro publicado no Diogrande)