Em 13 dias de funcionamento, o disque denúncia da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Mato Grosso do Sul, não decolou devido a fraca movimentação de campanha. De acordo com a presidente da Comissão Especial de Acompanhamento Eleitoral, Nilmare Irala informou que a instituição recebeu até o momento quatro ligações que não configuraram denúncia. O telefone celular e o site oficial foram lançados no último dia 21 de julho, em Campo Grande.
Conforme a presidente, o insucesso se deve pelo fato da Campanha Eleições Limpas não ter chegado diretamente a população, principalmente no interior do Estado. "Apesar da nossa ampla divulgação, acreditamos que a campanha não está chegando diretamente as pessoas por falta de conhecimento. Principalmente, no interior do Estado ", relata.
Ainda segundo a presidente da Comissão, das quatro ligações recebidas nenhuma delas estão diretamente relacionadas aos seis candidatos que concorrem ao Governo do Estado, sendo eles: Delcídio do Amaral (PT), Reinaldo Azambuja (PSDB), Nelson Trad Filho (PMDB), Evander Vendramini (PP), Sidney Melo (PSol) e Professor Monje (PSTU). As denúncias não possuíam conteúdo suficiente que caracterizassem crime eleitoral.
"Todas as ligações foram de Campo Grande, mas assim que os denunciantes foram nos passando, nós automaticamente os informamos que não se tratava de crime eleitoral. Com isso, nós nem chegamos a colher os dados para fazer os encaminhamentos", explicou Nilmare.
O telefone disponível para que a população possa fazer as denúncias é o celular 9987-9235, que a partir deste segundo semestre contará com o aplicativo WhatsApp. Ao todo, 20 advogados irão atuar nas diversas regiões do Estado e, mais os 31 presidentes de subseções, atenderão em esquema de plantão 24 horas.
Para quem preferir pode fazer a denúncia pela internet pelo site www.eleicoeslimpas.oabms.org.br. Neste caso, o informante é obrigado a fornecer o número do CPF, o conteúdo com foto e/ou áudio para que a denúncia possa ser validada.
Depois das informações serem averiguadas e se forem confirmadas, todas as denúncias serão encaminhadas para o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul, e dependendo do caso, para a Polícia Federal. Após isso, a OAB/MS permanecerá acompanhando cada caso até o fim.
Presidente da OAB/MS, Júlio César e a presidente da Comissão Especial, Nilmare Irala. Foto: Deivid Correia.