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30/10/2020 13:22

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Trinta de outubro de 2020. Completaria hoje noventa anos, aquele que é imortal, Nelson Trad

Histórica figura de Mato Grosso do Sul é homenageada

Trinta de outubro de 2020. Completaria hoje noventa anos, aquele que é imortal. 

Imortal, pois de Aquidauana para a eternidade, um legado.

Imortal, pois do âmago de seu espírito, a infinitude.

De pais libaneses, correu com pés meninos em solo pantaneiro, traquinava na princesinha do pantanal, ele, que se tornou um dos maiores protagonistas da história sul-mato-grossense. 

Nos estudos no Rio de Janeiro, ainda jovem, cursando Direito na UFRJ, mostrou-se um líder junto ao movimento estudantil, quando reivindicou junto ao governo federal, a diminuição do preço das passagens de bonde para que os moços e moças da época, pudessem estudar, naquela que ficou conhecida historicamente como: A revolta dos bondes.

Sofreu o primeiro ato de repressão na sua vida. 

Por liderar o movimento, foi alvo da repressão policial, ficou em coma. Por três dias.

Saíram corridos e apreensivos, de Campo Grande à capital da época, o Rio de Janeiro, seus pais, Margarida Maksoud e Assaf Trad. 

Encontraram o filho ainda zonzo e acamado, mas ansioso por voltar à luta. 

Lutou, reivindicou, sofreu pela luta e pela causa em seu próprio corpo e após uma conversa com Juscelino Kubitschek, conseguiram alcançar o objetivo para os estudantes. O governo baixou o preço da passagem. 

Voltado a Campo Grande, filiado ao partido trabalhista brasileiro, continuou, sempre aguerrido, a expor seus ideais políticos, sempre afetos ao povo. Foi, inclusive, num palanque que conheceu Therezinha Trad, sua esposa da vida toda.

Por seus ideais de fraternidade social foi duramente perseguido pela odiosa Ditadura militar. Perseguição que culminou em sucessivos ataques contra sua liberdade. Mais de três prisões, invasões à sua casa, à sua privacidade e de sua família. 

Na última de suas prisões, o atual prefeito engatinhava. 

Direitos políticos cassados por mais de trinta anos.

Foi obrigado pelos milicos a se retirar da vida pública, mesmo tendo sido o único vice-prefeito mais bem votado do que o próprio prefeito da história (Na época as candidaturas a prefeito e vice eram autônomas).

Dedicou-se, então, à advocacia e a defesa dos direitos e garantias individuais. 

Dedicou-se de corpo e alma a esta profissão e se tornou o maior advogado de Júri de sua época. 

Como sempre, dando voz aos oprimidos. 

A ditadura pestilenta o privou da vida pública, mas não o calou. Continuou a critica-la, através de crônicas futebolísticas, sob o pseudônimo de Heleno Goyano, os “verdeoliva” nem desconfiavam. Não conseguiam descortinar sua inteligência.

Voltada à luz da democracia, o brilho que jamais perdera, naturalmente o reconduziu à política, foi eleito, novamente, pelo povo. 

Um dos políticos mais respeitados dentro e fora do parlamento. Sempre defendendo as bandeiras do trabalhismo e dos direitos individuas, nosso estado sul mato-grossense sempre foi honrado por ele na atividade política, com honestidade e altivez.

Deixou cinco filhos: Nelson, Fátima, Marcos, Fábio e Maria Thereza, e nós somos dezoito netos: Otávio, Andressa, Nelsinho, Aline, Letícia, Cecília, Fábio, Leonardo, Pedro, Giovanna, Fabiana, Mariana, Tais, Alice, Theo, Tarik, Maria Gabriela e Maisa. Todos honrados e orgulhosos por sua história e nosso nome, que herdamos dele, Nelson Trad.

Hoje completam Noventa anos do nascimento de um ser humano que dedicou a sua vida à boa política, consequentemente, a seu estado, cidade e a sua gente.
 Mais de três décadas na câmara dos deputados e saído pela porta da frente.

É tempo de campanha, mas saibam que não há ataque ou oportunismo político que manche nosso nome e seu legado. Primeiro é preciso fazer história.

Vô, a história que o senhor construiu, perpetua-se através dos ensinamentos que você nos deixou. Honraremos. 

*Fábio Trad Filho e Fabiana Trad são netos de Nelson Trad

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