A mulher acusada de matar o marido há três dias desistiu de se entregar a polícia nesta quarta-feira, 23 de março. De acordo com a delegada Célia Mariza Bezerra da 4ª DP, os advogados de Zenilda Batista da Silva, de 39 anos, foram até a delegacia, porém no local receberam telefonema da patroa da acusada que informou queeles estavam liberados, pois haviam contratado um outro advogado.

A delegada também, informou que o inquérito está quase completo faltando escutar o depoimento de Zenilda. “Já escutamos quatro dos cinco filhos. Todos relataram que a mãe era espancada diariamente pelo marido”, disse. Também completou que faltar escutar o filho mais velho, que auxiliou na fuga após o assassinato.

A Polícia Civil também recolheu a espingarda calibre 32 usada no crime. “Queremos ouvir a acusada para saber de quem era a arma. Acreditamos que pertencia ao marido morto”, disse a delegada, que também afirmou que também irá colher o depoimento de um vizinho e funcionários da carvoaria. Ela também destacou que não vê necessidade de prisão preventiva por conta da colaboração e contato permanente que estão tendo com a acusada e a família.

Há cerca de três dias Ogremar Teodoro, de 55 anos, foi assassinado com tiro de espingarda calibre 32, na Carvoaria localizada na MS 040, Zona rural de Campo Grande. A principal suspeita é sua esposa Zenilda Batista da Silva, de 39 anos.

O casal convivia junto há muitos anos, inclusive, tinham cinco filhos, sendo que três estavam no local, no momento do crime. De acordo com o registro policial, ninguém presenciou o assassinato, apesar das testemunhas dizerem que apenas ouviram um disparo de arma de fogo e quando foram verificar o corpo já estava caído.

A suspeita é que a motivação do crime, que aconteceu às 21h30 deste domingo (20), seria as constantes agressões sofridas. No mesmo dia, o irmão de Ogremar contou à polícia que quando estava próximo a um dos filhos do casal, ouviu que ele falava ao celular com a mãe e, possivelmente, um outro filho dela teria ajudado na fuga.